PARA ALÉM DE UMA MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA: O DISCURSO TEÓRICO-CRÍTICO DO MODERNISMO BRASILEIRO

O presente trabalho tem como objetivo discutir os principais desdobramentos teórico-críticos decorrentes da Semana de Arte Moderna. Considerando que o movimento de 1922 constitui-se como uma espécie de parricídio simbólico ao desconstruir a clássica noção de identidade nacional fundada na relação binária colonizador/colonizado, veremos de que forma tal postura dessacralizante, como diria Zilá Bernd, nos colocou diante de um processo ético e político no âmbito do comparatismo. Escapando à oposição entre eurocentrismo e antieurocentrismo, a crítica antropofágica nos lembra, na contemporaneidade, que a América Latina é o lócus de uma produção teórico-crítica relevante no âmbito dos estudos culturais e literários e, consequentemente, mundiais