Levantamento batimétrico da área do Parque Natural dos Corais de Armação dos Búzios, RJ

O presente trabalho tem como objetivo principal desenvolver um levantamento batimétrico da Área de Proteção Ambiental (APA) de Armação dos Búzios, RJ. Este estudo, feito em colaboração com o Projeto Coral Vivo - organização atuante em pesquisa e educação para conservação e uso sustentável de recifes de coral, cunhou-se em uma de suas três frentes de foco, que é a geração de conhecimento. Sua meta foi atingida através da aquisição e do processamento (interpolação) de dados batimétricos da área, com foco nos procedimentos metodológicos, idealmente os mesmos usados previamente no Recife de Fora, em Porto Seguro, BA. Aqui está relatado todo processo desde o planejamento até a execução, com considerável volume de foco nos problemas e soluções encontrados ao longo dele, além dos resultados finais obtidos ao de interpolações e uma discussão com possíveis interpretações. O processo em si consistiu no planejamento e teste de um método ideal para a aquisição de dados de batimetria, que seria percorrer o trajeto previamente traçado no software ArcMap a bordo de uma embarcação equipada com um eco-batímetro. Como a embarcação disponível tinha calado muito grande, não foi possível que se percorresse toda a área necessária. A solução foi digitalizar a cópia de uma folha de bordo da área cedida pela DHN, para então usar seus dados para as interpolações. Como procedimento metodológico, utilizou-se o software ArcGIS para planejar o trajeto a ser percorrido em campo, digitalizar uma folha de bordo da DHN e seus dados, e para calcular as interpolações através da ferramenta Topo to Raster, um método otimizado a fim de ter a eficiência computacional de métodos de interpolação local, como o IDW, mas sem perder a continuidade superficial de métodos de interpolação global, como no caso de krigagem e Spline. Tais métodos resultaram em mapas com diversas visualizações batimétricas da AP A, aqui apresentadas. Além a apresentação dos mapas, entra-se em discussões sobre o condicionamento ambiental da região e sua influência nas localizações dos recifes de coral, sobre a escolha do método de interpolação a ser utilizado, e também comparações entre o levantamento batimétrico feito em campo em 2012 e o baseado na folha de bordo, feito este ano