Contributos para uma maior eficiência operacional e sustentação logística

A Simulação em Portugal é um tema que tem vindo a ser alvo de estudo há largos anos, contudo, nota-se um fraco investimento em relação à mesma, especialmente acerca do tiro de armas ligeiras. Adicionalmente, a aquisição de novo armamento ligeiro por parte do Exército Português traz pertinência ao estudo pois é extremamente importante coadunar a Simulação com a prática real para se conseguir proporcionar uma melhor formação e treino, garantindo assim os padrões de eficiência operacional e uma racionalização de recursos. O presente trabalho de investigação tem como objetivo e fio condutor identificar os contributos que a simulação de tiro pode trazer para o Exército Português, designadamente na vertente da formação e do treino. Para melhor atingir o objetivo do presente trabalho foi necessário estudar quais os meios de simulação de tiro já implementados no Exército, bem como identificar novos métodos que se mostrem eficientes e relevantes para melhorar a eficiência operacional e sustentação logística. Adicionalmente, pretende-se na presente investigação apresentar prós e contras da simulação, identificar as vertentes da mesma bem como estudar as despesas que advêm da prática de tiro real. Para isso, foi adotada uma metodologia assente no método dedutivo, por forma a ser possível alcançar o particular através de conceitos e casos gerais. A estratégia utilizada foi a qualitativa, traduzida num estudo não experimental descritivo, onde foi realizado o cruzamento de dados entre as entrevistas realizadas e a análise de documentação. Os resultados obtidos mostram que há um forte benefício na formação e no treino quando a prática de tiro real é complementada com tiro simulado, sem que seja necessário baixar os padrões de eficiência operacional exigidos a uma organização como o Exército Português conseguindo inclusive reduzir, em certas formas, o custo associado. Em suma, a simulação contribui positivamente e de forma significativa para a formação e treino dos militares portugueses, sendo, portanto, benéfico um maior investimento na área