A educação escolar Quilombola : território da memória no Colégio Estadual Quilombola Diogo Ramos

Orientadora: Dra. Carolina dos Anjos de BorbaCoorientador: Dr. Roberto Gonçalves BarbosaDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento. Defesa : Curitiba, 25/04/2022Inclui referênciasResumo: O Interesse pelo tema abordado nesta dissertação, se deve ao fato de que a narrativa histórica tem uma função na forma de contar o mundo e através dela, escolhe-se o que contar. Dentro dessa ideia, a educação como um todo, traz uma dimensão do mundo em que vivemos, obviamente a Educação Escolar Quilombola não é única a educar, mas é talvez o maior caminho no que entendemos como saberes curriculares para construção de territórios, municípios, estados e do país. Sob a premissa do exercício intenso da alteridade tem como base importante a fonte de alternativas e questionamentos a etnografia seguindo a metodologia científica e crítica. Etnografia como movimento circular constituindo-se no ensino, vivências e aprendizagens no território dos saberes e das experiências formativas do Quilombo, com caminhos percorridos para fazer os trajetos da memória. A perspectiva negra decolonial brasileira, busca a descolonização dos currículos hegemônicos e das estruturas vigentes no campo historiográfico e sociológico do conhecimento no Brasil. Essa escola vai além dos muros sociológicos e políticos construídos para que seja "terra arrasada"; oriundos de uma epistemologia do "vencedor", muitas vezes ou quase sempre factual ou em estrutura hierárquica. A Educação Escolar Quilombola tem uma abrangência que engloba o processo escolar e no ambiente escolar são desenhados, os ilimitados lugares das memórias, da História e da construção desses territórios. Neste contexto, buscamos uma memória de narrativas históricas de um território quilombola a partir de uma experiência pessoal da "escola pública" e dos processos educativos da educação, busca-se também, a memória histórica do território escolar quilombola a partir de histórias dos antigos (velhos), sobretudo das experiências dos novos (jovens). Buscando uma etnografia dos saberes, da memória a partir da visão de dentro de uma Escola Quilombola, que antes de tudo gerou seus professores dentro do território, com uma educação própria.Abstract: The Interest in the subject addressed in this dissertation is due to the fact that the historical narrative has a function in the way of telling the world and through it, one chooses what to tell. Within that idea, education as a whole, brings a dimension of the world we live in, obviously the Quilombola School Education is not unique to educate, but it is perhaps the greatest way in what we understand as curricular knowledge for building territories, municipalities, states and the country. Under the premise of the intense exercise of otherness has as important base the source of alternatives and questions to ethnography following the scientific and critical methodology. Ethnography as a circular movement consisting of teaching, experiences and learning in the territory of knowledge and formative experiences of the Quilombo, with paths taken to make the paths of memory. The Brazilian decolonial black perspective seeks the decolonization of hegemonic curricula and the structures in force in the historiographic and sociological field of knowledge in Brazil. This school goes beyond the sociological and political walls built for it to be "scorched earth"; derived from an epistemology of the "victor", often or almost always factual or in hierarchical structure. Quilombola School Education has a scope that encompasses the school process and in the school environment are designed, the unlimited places of memories, History and the construction of these territories. In this context, we seek a memory of historical narratives of a quilombola territory from a personal experience of the "public school" and the educational processes of education, The historical memory of the Quilombola school territory is also sought from the stories of the old (old), especially the experiences of the new (young). Seeking an ethnography of knowledge, of memory from the vision of a Quilombola School, which first of all generated its teachers within the territory, with its own education