A luta das mulheres quilombolas no Vale do Ribeira e os processos educacionais em seus territórios

Orientadora: Profª. Drª. Carolina dos Anjos de BorbaDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação. Defesa : Curitiba, 08/03/2022Inclui referênciasResumo: Ainda na atualidade nos deparamos com estereótipos sobre o modo de vida quilombola a serem rompidos socialmente em relação a um contexto político específico, cultural e social, destaca as especificidades dos indivíduos que a compõe. É com contumácia que busca preservar elementos culturais históricos que permitem com que os sujeitos se reconheçam como parte da história de seu território. Partindo dessa perspectiva, se faz necessário pensar nas identidades individuais e coletivas que compõem o que é ser uma mulher quilombola e a sua ligação com o território a partir de uma ótica descolonial. A desarticulação entre a vida cotidiana e a educação apresenta-se de maneira inexistente para os povos tradicionais, pois o ato de ensinar e aprender está enraizado nas interações coletivas, não se limitando apenas ao espaço educacional. Essas realidades nos permitem falar de feminismos comunitários com o objetivo principal de compreender os processos de resistência e luta feminina e sua relação com a educação nos territórios quilombolas do Paraná. Como abordagem de investigação, a metodologia escolhida para este projeto é a da etnografia, que contará com diferentes abordagens. Com isso, foi possível identificar de que maneira as lutas e resistências das mulheres quilombolas tornam-se parte dos processos educativos dentro da comunidade, além de refletir sobre as formas de organização social das mulheres quilombolas e analisar as pautas apresentadas por elas. Esta pesquisa espera contribuir para o campo da educação quilombola que se adere à luta das mulheres quilombolas e as suas comunidades como um espaço de contribuição com a educação para aqueles e aquelas que o vivenciam.Resumen: Todavía hoy nos enfrentamos a estereotipos sobre el modo de vida quilombola que hay que romper socialmente. La cultura quilombola, al constituir un espacio de intercambios y compartición simbólico-afectiva, y consolidarse en relación con un contexto político, cultural y social específico, pone de manifiesto las especificidades de los individuos que la componen. Es con contumacia que busca preservar los elementos culturales históricos que permiten a los individuos reconocerse como parte de la historia de su territorio. Desde esta perspectiva, es necesario pensar en las identidades individuales y colectivas que conforman lo que es ser una mujer quilombola y su conexión con el territorio desde una perspectiva decolonial. La desarticulación entre la vida cotidiana y la educación es inexistente para los pueblos tradicionales, ya que el acto de enseñar y aprender está arraigado en las interacciones colectivas y no se limita únicamente al espacio educativo. Estas realidades nos permiten hablar de los feminismos comunitarios con el objetivo principal de comprender los procesos de resistencia y lucha de las mujeres y su relación con la educación en los territorios quilombolas de Paraná. Como enfoque de investigación, la metodología elegida para este proyecto es la de la etnografía, que se apoyará en diferentes enfoques. Con ello, fue posible identificar cómo las luchas y resistencias de las mujeres quilombolas se incorporan a los procesos educativos dentro de la comunidad, además de reflexionar sobre las formas de organización social de las mujeres quilombolas y analizar las agendas que presentan.Esta investigación espera contribuir al campo de la educación quilombola que adhiere a la lucha de las mujeres quilombolas y sus comunidades como espacio de contribución a la educación de quienes la viven