A autopercepção do aluno e da família sobre as dificuldades de escrita em uma escola pública de Araguaina.

Learning to write is fundamental to a child's social and emotional development, as well as being a knowledge base for other subjects. Failure to learn writing leads to numerous difficulties and problems ranging from social exclusion to a sense of disability. Thus, the work aims to verify the self-perception of students and their families about their writing difficulties. The qualitative research was conducted in an 8th grade class of a public school in Araguaína / TO, five students who identified themselves through a questionnaire as having difficulties to write, and one family member was invited to talk about their children's difficulties, that is, five children and five parents participated in the research. For data collection with the children, a semi-directed, recorded and transcribed interview was used. They were asked to draw a picture that represented writing difficulties and to write a story about what it is like to have writing difficulties. With the parents a semi-directed interview was conducted. For the analysis of the results we used the technique of drawing analysis and for the interviews content analysis. As a result, children demonstrate to know the importance of learning written language and its social function, demonstrate to be literate, but with great difficulties in using the standard language. They also show by their drawings and stories that they suffer from the situation and feel inferior. Regarding parents, there is still little participation in the child's universe at school and about their child's learning. It is concluded that children realize that they are affected by their difficulties and that parents, despite recognizing the importance of writing, participate little in school life.A aprendizagem da escrita é fundamental para o desenvolvimento social e emocional de uma criança, além de ser base de conhecimento para as demais disciplinas. O não aprendizado da escrita acarreta inúmeras dificuldades e problemas que vão, desde a exclusão social à sensação de incapacidade. Assim, o trabalho tem por objetivo verificar a autopercepção de alunos e seus familiares acerca de suas dificuldades de escrita. A pesquisa, de cunho qualitativo, foi realizada em uma turma do 8º ano do ensino fundamental II em uma escola pública de Araguaína/TO. Foram selecionados cinco alunos que se auto identificaram, através de um questionário, como tendo dificuldades para escrever, e um membro da família foi convidado a falar das dificuldades de seus filhos, ou seja, participaram da pesquisa cinco crianças e cinco pais. Para coletas de dados com as crianças utilizou-se de entrevista semidirigida, gravada e transcrita, foi solicitado que fizessem um desenho que representasse as dificuldades de escrita e que escrevessem uma história sobre como é ter dificuldades de escrita. Com os pais foi realizado entrevista semidirigida. Para análise dos resultados utilizou-se da técnica de análises de desenhos e para as entrevistas análise de conteúdo. Como resultados, as crianças demonstram saber a importância da aprendizagem da língua escrita e sua função social, demonstram estar alfabetizadas, porém com grandes dificuldades de uso da língua padrão. Também mostram, pelos desenhos e histórias, sofrerem com a situação e se sentirem inferiorizadas. Com relação aos pais, ainda existe pouca participação no universo da criança na escola e sobre o aprendizado de seu filho. Conclui-se que as crianças percebem que são afetadas pelas suas dificuldades e que os pais, apesar de reconhecerem a importância da escrita, participam pouco da vida escolar