VALE UTILIZAR FILTROS NO DIAGNÓSTICO RADIOGRÁFICO DE CÁRIE INCIPIENTE?

Introdução: A doença cárie suscita diversos estudos acerca de seu diagnóstico, tratamento e prevenção e, dentre esta, as cáries incipientes representam um desafio ainda maior ao diagnóstico. Objetivo: Avaliar o diagnóstico de cárie em esmalte através de imagem digital utilizando ferramentas de melhoramento da imagem como ajuste de brilho e contraste e filtro negativo. Materiais e Métodos: A amostra do trabalho foi composta por imagens radiográficas digitais de sessenta dentes humanos, obtidas através do sistema VistaScan Perio Plus® (Dürr Dental, BietigheimBissingen, Alemanha), estas imagens foram avaliadas por dois examinadores especialistas em três momentos distintos, primeiramente avaliaram a imagem natural, depois fizeram alterações de brilho e contraste e por fim aplicaram o filtro negativo para promover melhor acuidade visual na determinação da presença ou ausência de cáries interproximais. A aplicação dessas ferramentas se deu de forma aleatória e posteriormente os dados obtidos foram submetidos a testes estatísticos, a comparar com os dados obtidos do exame microscópico dos espécimes (padrão-ouro). Resultados: Observou-se que mais de 90% das faces onde não havia doença cárie foram corretamente identificadas, o que aponta para alta especificidade do exame no reconhecimento das faces na ausência da doença. Os valores de sensibilidade, que representa o reconhecimento de cárie, tiveram um percentual menor, variando de 0% a 9,1%. Sendo observados valores satisfatórios de acurácia, superiores a 70% em todas as avaliações. Conclusão: As ferramentas de brilho e contraste, assim como, filtro negativo apresentaram discreta colaboração ao diagnóstico de cáries em esmalte.