SÉMAFORO DO TOQUE - : CONHECENDO OS LIMITES DO MEU CORPO

Na disciplina de Material Didático II, turma 2020/1 do Curso de Licenciatura em Pedagogia Bilíngue – Libras/Português, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás – Campus Aparecida de Goiânia teve como proposta de atividade, durante a Pandemia da COVID-19 no Ensino Remoto Emergencial, a elaboração de modelos didáticos alternativos (MDAs) para atender estudantes ouvintes e/ou surdos e surdas. Um dos MDAs elaborados pela dupla de alunas foi o “Semáforo do Toque”, que tem como objetivo o conhecimento das partes do corpo humano e o combate e prevenção do abuso sexual infantil. O tema: “Educação Sexual na Escola” é de suma importância, pois, segundo os dados do Disque 100, em 2020, o Brasil registrou mais de 14.000 denúncias de abuso sexual infantil. Segundo o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) 73% dos casos ocorrem na casa da própria vítima ou do suspeito, sendo 40% dos casos acometidos pelo pai ou padrasto. Com isso, a escola deve atuar como rede de proteção para essas crianças e adolescentes. É através desses conteúdos que professoras e professores podem identificar possíveis sinais de abuso sexual nos alunos e alunas e ainda fazer uso dos canais de denúncia como o disque 100 e o conselho tutelar da cidade. Esse MDA, além de apresentar as partes corpo humano, consiste em ensinar sobre as partes que podem e que não podem ser tocadas por outras pessoas. A cor verde representa a permissão do toque; amarelo, atenção e vermelho, proibição do toque. Dessa forma, podemos trabalhar em sala de aula às possibilidades, por meio das orientações direcionadas, promover ações preventivas e de proteção contra o abuso sexual infantil e, consequentemente, orientá-los a buscar ajuda. O Semáforo do Toque também pode ser considerado um material inclusivo, pois, explora o aspecto visuoespacial propiciando acessibilidade aos alunos e alunas surdas. Além disso, o material tem como representação personagens negros e negras, uma vez que tem sido notório, nos livros e materiais didáticos, a preferência por indivíduos brancos e brancas. Essa adequação, possivelmente, trará nas crianças negras o reconhecimento e identificação com o material