Este artigo propõe uma análise do romance O som e a fúria (1929), de William Faulkner, a partir do estudo do tempo como elemento constitutivo da narrativa. Assim, compreenderemos a temporalidade dentro da obra em seus aspectos formais, por meio do que Sartre (2017, 363) define como o estilhaçar do tempo no romance; e de conteúdo, conforme Rita Barnard (2006, 53-54) afirma que o tempo é uma grande preocupação dentro da ficção moderna norte-americana. Primeiramente, nos concentraremos no tempo histórico da publicação de O som e a fúria, com ênfase no Modernismo norte-americano e no descompasso sulista em relação ao ímpeto capitalista modernizante estadunidense. Adiante, prosseguiremos para o cerne do artigo ao analisar a temporalidade, em esp...