ESCOLA SEM RACISMO: EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL E RESISTÊNCIA CULTURAL NO TEMPO PRESENTE

Esse artigo visa problematizar o conceito de raça/etnia em sala de aula por meio do slam (tipologia de poesia falada que tem por princípio a liberdade de expressão e opinião). O objetivo desse trabalho é analisar a escola enquanto ambiente formativo de consciências críticas e suas problemáticas no campo da História e, de modo específico, entender como esse instrumento pode despertar no alunado a curiosidade, a criatividade e, sobretudo, as discussões sobre as desigualdades sociais, culturais e políticas em nosso país. O estudo se ancora na perspectiva do materialismo histórico, buscando entender a superestrutura, o universal, e tem como metodologia a pesquisa bibliográfica com aporte teórico adequado ao tema. Soma-se a isso a análise no plano singular, pois serão dialogados com os conceitos de raça/etnia junto a estudantes de 9ºs (nonos) anos do ensino fundamental de uma escola pública municipal de Campo Grande/MS. A presente análise busca entender de que modo a questão racial pode ser introduzida nas práticas didáticas docentes, tendo em vista contribuir com a formação do educando como sujeito de sua história por meio da pesquisa e reflexão autônoma. Percebe-se ser relevante o uso de diferentes metodologias em sala de aula, a fim de que não se perpetuem na escola e sociedade de modo geral, as desigualdades sociais de raça/etnia, mas também àquelas entrelaçadas a ela de modo interseccional como classe e gênero, contribuindo assim com o diálogo sobre essa problemática histórica e para o desenvolvimento humano desses estudantes enquanto cidadãos e cidadãs de direito