A disputa entre nominalistas e realistas/plantonistas diz respeito não apenas a quais entidades existem, como também à natureza destas entidades. Por trás dos argumentos nominalistas para colocar em dúvida a existência de universais ou entidades abstratas, está o princípio metodológico de parcimônia, ilustrado pela Navalha de Ockham. No entanto, por mais plausível que seja este princípio, a sua aplicação irrestrita leva o filósofo nominalista ao abandono de teorias promissoras ou mesmo à aceitação de teorias cujos resultados são contraintuitivos. Meu objetivo neste artigo é (1) caracterizar a disputa entre nominalistas e realistas/platonistas, bem como seus pressupostos metodológicos, e (2) apresentar um estudo de caso envolvendo uma teoria...