Este artigo defende a necessidade de proximidade crítica em Linguística Aplicada com base na desconstrução de uma episteme ocidentalista que separa pesquisa, pesquisador e poder. Tal crença nos levou à prefiguração de um pesquisador branco, heterossexual, e masculino, construtor de ‘verdades científicas’. Na modernidade em transição em que nos situamos, esses ideais são perturbados tendo em vista as mudanças e perplexidades sociais que nos desafiam cotidianamente e que destronam os modos tradicionais de produzir conhecimento. Argumentamos a favor da importância do questionamento de ideologias linguísticas e epistemológicas comprometidas com qualquer significado de transparência teórica. Ao concluir, apresentamos a imaginação utópica como um...