A partir de uma reflexão em torno dos filmes Indústria e fotografia (1979), Como se vê (1986) e Contra-música (2004), de Harun Farocki, este artigo examina de que modo o artista tece entre a fotografia, o cinema e outros dispositivos técnicos uma intricada rede de relações político-econômicas que prefiguram e caracterizam a audiovisibilidade contemporânea. Por meio das operações da montagem e do uso do comentário, Farocki investiga diversas incidências das mídias audiovisuais no campo da experiência humana, direcionando sua crítica ao gradativo aperfeiçoamento técnico das máquinas, desde os primeiros processos industriais até o surgimento de dispositivos guiados pela imagem calculada.Palavras-chave: Mídias audiovisuais. Cinema. Harun Farock...