A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA E O CIRCUITO INFERIOR DA ECONOMIA URBANA EM CAMPOS DOS GOYTACAZES/RJ

The population in street situation has a strong presence in Brazilian cities, revealing itself as an expression of urban poverty in the country. In a context of excessive deprivation, these individuals appropriate specific spaces and resources to guarantee minimum conditions of survival, thus making the territory used a shelter. In this context, the present study aims to assess the uses of the territory by the homeless population, focusing on the work activities that these subjects perform in the Campos dos Goytacazes Center, RJ, in their survival strategies. The research is of a qualitative nature, based on bibliographic research and fieldwork, where observations and interviews with previously prepared scripts were used. Remarkably, the findings indicate that this population group carries out activities that are part of the lower circuit of the urban economy, such as the collection of recyclable materials, the sale of sweets and handicrafts, as well as the work of “flanelinha”, hence constituting new uses for the territory.A população em situação de rua possui presença marcante nas cidades brasileiras, revelando-se como uma expressão da pobreza urbana no país. Em um contexto de excessiva privação, esses sujeitos se apropriam de espaços e recursos específicos com o intuito de garantir condições mínimas de sobrevivência, fazendo do território usado um abrigo. Nesse contexto, este trabalho busca analisar os usos do território pela população em situação de rua, dando foco às atividades laborais que esses sujeitos executam no Centro de Campos dos Goytacazes, RJ, em suas estratégias de sobrevivência. A pesquisa é de cunho qualitativo, baseando-se em pesquisa bibliográfica e em trabalhos de campo, onde se lançou mão de observações e entrevistas com roteiros previamente elaborados. Os resultados indicam que esse grupo populacional realiza atividades que se inserem no circuito inferior da economia urbana, como a catação de materiais recicláveis, a venda de doces e artesanatos, assim como o trabalho de “flanelinha”, constituindo assim novos usos do território