A teleconsulta farmacêutica da Diabetes Mellitus tipo 2 nas farmácias comunitárias de Portugal: indicações técnicas e regulamentares

A situação de pandemia global de COVID-19, de 2020, aumentou o recurso à saúde digital, na prestação de cuidados de saúde, incluindo os cuidados farmacêuticos. Por outro lado, o cenário de distanciamento físico que implicou, pode ter limitado significativamente o acesso ao medicamento e a cuidados de saúde, comprometendo a vida dos mais vulneráveis, como é o caso das pessoas com Diabetes Mellitus tipo 2. No sentido de garantir a continuidade do acompanhamento farmacoterapêutico destes doentes, as farmácias de alguns países da União Europeia adaptaram o seu serviço de consulta farmacêutica, outrora na presença física do doente, a um ambiente remoto. Sendo este um momento favorável para implementar a teleconsulta da Diabetes Mellitus tipo 2, nas farmácias portuguesas, o presente estudo analisou esta possibilidade. Para tal, baseou-se nas Boas Práticas de Farmácia e em três modelos europeus de consulta farmacêutica, procedendo a uma revisão da literatura, que culminou com indicações técnicas e regulamentares. Os resultados sugeriram que o atual modelo de farmácia comunitária portuguesa pode ser melhorado, no sentido de integrar a teleconsulta. Todavia, é fundamental haver um apoio à sua concretização, no que concerne à exequibilidade e à alocação dos recursos humanos, físicos, legais e financeiros, necessários. &nbsp