Antiviral activity of bothrops jararacussu snake toxins in the replication cycle of the zika virus

Zika virus (ZIKV) is the etiologic agent of Zika fever, a globally spreading mosquito-borne infection, previously associated with cases of microcephaly. Potential new outbreaks of ZIKV are priority problems for the governments since arboviruses are infections that are easily spread in tropical regions such as Brazil. According to the Ministry of Health, ZIKV represents a worldwide public health problem, resulting in social, economic, and public health system (SUS) significant impacts, since there is no effective antiviral treatment and licensed vaccines. In this context, natural compounds have several biological reported activities, such as antioxidant, antiparasitic, antibacterial, and antiviral, as well as toxins isolated from the venom of snakes have shown activity against several viruses. Here the anti-ZIKV activity of Bothropstoxins-I and II (BthTX-I and II) isolated from Bothrops jararacussu venom was investigated. Vero E6 cells were infected with ZIKVPE243 in the presence of compounds for 72 hours, when virus titers were quantified. The results demonstrated that BthTX-I and II presented strong dose-dependent inhibition, with a selective index of 149.1 and 1.44 x 105, respectively. These toxins mainly inhibited the early stages of the replicative cycle, such as during the entry of ZIKV into host cells, as shown by the potent virucidal effect, suggesting the action of these toxins on the virus particles. Moreover, BthTX-I and II presented significant activity towards the post‑entry stages of the ZIKV replicative cycle. Molecular docking analyses showed that BthTX-I and II potentially interact with ZIKV Envelope protein through hydrogen bonds and hydrophobic interactions. Our findings show that these toxins could be used as useful templates for the development of future antiviral candidate drugs against Zika fever.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoDissertação (Mestrado)Zika vírus (ZIKV) é o agente etiológico da febre Zika, uma infecção transmitida por mosquitos, de disseminação global, e previamente associada a casos de microcefalia. Potenciais novos surtos por ZIKV são problemas prioritários para os órgãos governamentais, visto que as arboviroses são infecções facilmente disseminadas em regiões tropicais como o Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, o ZIKV representa um problema de saúde pública mundial, resultando em impactos social, econômico e no sistema público de saúde (SUS) significativos, uma vez que não há tratamento antiviral eficaz ou vacinas licenciadas. Nesse contexto, compostos naturais apresentam diversas atividades biológicas reportadas, como antioxidante, antiparasitária, antibacteriana e antiviral, bem com toxinas isoladas de serpentes têm demonstrado atividade contra diversos vírus. Neste trabalho, a atividade anti-ZIKV das Bothropstoxinas-I e II (BthTX-I e II) isoladas do veneno de Bothrops jararacussu foi investigada contra o ZIKV in vitro. Células Vero E6 foram infectadas com ZIKVPE243 na presença dos compostos por 72 horas, quando os focos de infecção foram quantificados. Os resultados demonstraram que BthTX-I e II apresentaram potente inibição dose-dependente da infecção pelo ZIKV, com índice de seletividade de 149,1 e 1,44 x 105, respectivamente. Essas toxinas inibiram principalmente os estágios iniciais do ciclo replicativo do vírus, como a entrada do ZIKV nas células hospedeiras, demonstrado pelo potente efeito virucida, sugerindo a ação dessas toxinas sobre as partículas virais. Adicionalmente, BthTX-I e II apresentaram atividade significativa nos estágios tardios do ciclo replicativo do ZIKV. Análises de docking molecular mostraram que BthTX-I e II potencialmente interagem com a proteína do Envelope do ZIKV através de ligações de hidrogênio e interações hidrofóbicas. Nossos dados demostram que essas toxinas podem ser usadas como modelos úteis para o desenvolvimento de futuros antivirais contra a febre Zika.2024-07-1