Women’s career development in STEM: the role of self-concepts

The participation of women in the labor market has increased significantly over the years. However, there is still a very significant female underrepresentation in areas such as Science, Technology, Engineering and Mathematics (STEM) in several countries around the world. Faced with this reality, it is questioned how much psychological factors such as self-concepts can predict women's professional choices, as well as affect their permanence and advancement in STEM fields. Thus, the general objective of this dissertation is to verify the influence of self-concepts for women’s career choice, permanence and advancement in predominantly male professions. To achieve this objective, three studies were carried out. In the first study, it was intended to identify how self-concepts impact women’s career development in predominantly male professions through a systematic and integrative literature review. 282 studies on the topic were analyzed. The results indicated that most studies focuses on the stage of career choice and few studies address the permanence and advancement stages. Specific contributions to STEM contexts are even scarcer in all stages. The most discussed self-concepts are self-efficacy and self-esteem, with little to no research considering the locus of control and self-confidence. In the second study, a survey aimed to analyze the influence of the perception of self-efficacy, self-esteem and locus of control on women’s career permanence and advancement in STEM. The survey had a sample of 107 women, over 18 years old, who belong to STEM areas. Data analysis was carried out through descriptive and inferential statistics. The results showed that self-concepts can be important for obtaining STEM jobs, for retention and for hierarchical level changing in these fields. The third study aimed to analyze the impact of a career intervention on women’s self-efficacy, self-esteem and locus of control in predominantly male professions. The intervention, carried out like an online mentoring program, had a sample of 20 women, over 18 years old, who belong to STEM areas. Data analysis was carried out through descriptive and inferential statistics. The results indicated that participation in a mentoring program generated statistically significant differences in the scores of self-efficacy, self-esteem and locus of control in mentees, but the same was not observed in mentors. It is concluded that this dissertation contributed to the expansion of knowledge about the impact of self-concepts for women’s career choice, permanence and advancement in STEM fields and how development of self-concepts can be an alternative for facing psychological and contextual barriers that still persist in the labor market and often prevent women from persisting and achieving success in their careers, especially in predominantly male areas.Pesquisa sem auxílio de agências de fomentoDissertação (Mestrado)A participação das mulheres no mercado de trabalho tem aumentado significativamente ao longo dos anos. No entanto, ainda há uma sub-representação feminina muito expressiva em áreas como Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) em vários países do mundo. Diante de tal realidade, questiona-se o quanto fatores psicológicos como os autoconceitos podem predizer as escolhas profissionais das mulheres, assim como afetar sua permanência e ascensão nos campos STEM. Dessa forma, o objetivo geral desta dissertação é verificar a influência dos autoconceitos para a escolha, permanência e ascensão de carreira de mulheres em profissões predominantemente masculinas. Para atingir este objetivo, foram realizados três estudos. No primeiro estudo, pretendeu-se identificar como os autoconceitos impactam o desenvolvimento de carreira de mulheres em profissões predominantemente masculinas através de uma revisão sistemática e integrativa da literatura. Foram analisados 282 estudos acerca do tema. Os resultados indicaram que a maioria das pesquisas tem o enfoque na etapa de escolha de carreira e que, de forma geral, há poucos estudos que discutem as etapas de permanência e ascensão. Em todas as etapas, são ainda mais escassas as contribuições específicas para os contextos STEM. Os autoconceitos mais abordados são autoeficácia e autoestima, com pouca ou nenhuma pesquisa sobre lócus de controle e autoconfiança. No segundo estudo, a realização de um survey visou analisar a influência da percepção de autoeficácia, autoestima e lócus de controle na permanência e ascensão de carreira de mulheres em STEM. O survey contou com uma amostra de 107 mulheres, maiores de 18 anos, que atuam nas áreas de STEM. A análise dos dados se deu por meio de estatísticas descritivas e inferenciais. Os resultados demonstraram que os autoconceitos podem ser importantes para a obtenção de empregos nos campos STEM, para a retenção e mudança de nível hierárquico nesses campos. Já o terceiro estudo teve como objetivo analisar o impacto de uma intervenção de carreira na autoeficácia, na autoestima e no lócus de controle de mulheres em profissões predominantemente masculinas. A intervenção, realizada no formato de um programa de mentoria online, contou com uma amostra de 20 mulheres, maiores de 18 anos, que atuam nas áreas de STEM. A análise dos dados se deu por meio de estatísticas descritivas e inferenciais. Os resultados indicaram que a participação em um programa de mentoria gerou diferenças estatisticamente significativas nos escores de autoeficácia, autoestima e lócus de controle nas mentorandas, mas o mesmo não foi observado nas mentoras. Conclui-se que esta dissertação colaborou para a ampliação do conhecimento acerca do impacto de autoconceitos para a escolha, permanência e ascensão de carreira de mulheres em STEM e de como o desenvolvimento de autoconceitos pode ser uma alternativa para o enfrentamento de barreiras psicológicas e contextuais que ainda perduram no mundo do trabalho e que, muitas vezes, impedem que mulheres persistam e alcancem o sucesso em suas carreiras, principalmente em áreas predominantemente masculinas