O contributo da comunicação estratégica interna para o bem-estar organizacional e para a produtividade dos colaboradores

Nos últimos anos, temos vindo a assistir a uma mudança significativa na mentalidade organizacional: cada vez se valoriza mais o bem-estar dos colaboradores como uma estratégia promotora de uma cultura de empresa forte e eficiente, ao invés de um foco único nos resultados financeiros da empresa. Atualmente, as empresas privilegiam a satisfação do seu corpo corporativo, garantindo-lhes as suas necessidades e o seu bem-estar, de modo a que se convertam em motivação, e, consequentemente, em produtividade. Com o aumento da competitividade e das exigências dos mercados, muito graças às grandes transformações a nível tecnológico e ao fenómeno da globalização, as empresas tiveram também de as acompanhar, adotando estratégias que as permitissem estar ao nível do resto do mercado global. Sendo a comunicação estratégica uma prática que contribui para o bom funcionamento organizacional e para o bem-estar dos colaboradores, daqui surge a problemática que se pretende analisar ao longo deste estudo de investigação, cujo principal objetivo é dar resposta à seguinte pergunta de partida: “Qual o contributo da comunicação estratégica interna para o bem-estar organizacional e para a produtividade dos colaboradores?” Para o estudo em causa, utilizou-se um tipo de metodologia quantitativa, com recurso a um inquérito por questionário, feito a uma amostra constituída por 230 inquiridos, nomeadamente indivíduos incluídos na faixa etária dos 18 aos 35 anos, atualmente empregados numa empresa e/ou organização com fins lucrativos. Concluiu-se que a comunicação estratégia interna constitui uma prática influenciadora e promotora de uma cultura organizacional forte e competente, capaz de atrair e reter talento, associada a salários mais atrativos e, ao mesmo tempo, que ajuda a desenvolver uma boa qualidade de liderança e um forte vínculo entre as chefias e os stakeholders internos. É neste contexto que se apresenta a comunicação estratégica interna como uma prática auxiliadora e fundamental na retenção do ativo mais poderoso de uma organização, que são os seus colaboradores.In recent years, we have witnessed a significant change in organizational culture: the well-being of employees in each organization is increasingly valued as a strategy to promote a strong and efficient company culture, rather than solely focusing on the firms’ financial results. Currently, companies prioritize the satisfaction of their corporate body, guaranteeing their needs and well-being, so that employees are highly motivated and, consequently, more productive. The major technological changes and the phenomenon of globalization along with the increase in competitiveness and market demands, forced companies to adopt strategies that allowed them to be at the same level as the rest of the global market. As strategic communication is a practice that contributes to organizational well-functioning and to the well-being of employees, the problem to be analyzed during this dissertation arises: “What is the contribution of internal strategic communication to organizational well-being and employees productivity?” To analyze the problem, a quantitative methodology was used by conducting a survey to a sample of 230 respondents, namely individuals between the ages of 18 and 35, currently employed in a company and/ or for-profit organization. Concluding, the internal strategic communication constitutes an influential practice and promotes a strong and competent organizational culture, capable of attracting and retaining talent. A combination of a strong internal strategic communication and more attractive salaries are crucial to powerful leadership and a strong bond between management and internal stakeholders. It is in this context that internal strategic communication is presented as an auxiliary and fundamental practice in retaining an organization's most powerful asset: its employees