Os sentidos da velhice e a promoção do envelhecimento ativo: desafios educativos no contexto brasileiro

Esta tese partiu do pressuposto de que a experiência do envelhecer é influenciada por estereótipos e crenças sobre a velhice e, a depender das propostas político-pedagógicas que subsidiem as práticas dos trabalhadores sociais nos espaços de cuidado do idoso, será mais ou menos possível caminhar no sentido emancipatório do envelhecimento ativo. A abordagem qualitativa do estudo exploratório desenvolvido aliou investigações de cunho bibliográfico e empírico, tendo como objetivo identificar aspectos subjetivos e socioculturais do processo de envelhecimento que colaboram para subsidiar as práticas de Educação em Saúde. A construção empírica está ancorada na análise de conteúdo de entrevistas semiestruturadas com nove (09) idosos, e sete (07) trabalhadores sociais que desenvolvem atividades educativas em projetos de extensão universitária na cidade de Niterói /Rio de Janeiro – Brasil. Para ambos, cada indivíduo tem seu processo de envelhecer. Para os idosos, um envelhecimento mais pleno e feliz é uma conquista de cada um e da própria sociedade, sendo a resiliência e os mecanismos de proteção categorias que evidenciaram estratégias que utilizam para superação das adversidades tais como a socialização, o respeito às autonomias e a abertura para novas aprendizagens. Observou-se que a produção do conhecimento a partir do diálogo e das experiências partilhadas entre os educadores/ trabalhadores sociais e educandos/ idosos nas atividades extensionistas, colaboraram para a conscientização sobre a cidadania na terceira idade e, sobre seus corpos na produção do cuidado de si. Ressaltouse o papel do trabalhador social enquanto mediador do conhecimento quando toma para si a responsabilidade de dar suporte psicossocial às pessoas nas suas diversas velhices, por meio da educação em saúde emancipatória. Conclui-se que o estudo colaborou para o reconhecimento dos trabalhadores sociais enquanto potenciais fomentadores do envelhecimento ativo, identificou diretrizes político-pedagógicas para as práticas educativas e sinalizou a necessidade de maior investimento na formação dos mesmos; The meanings of old age and the promotion of active aging: educational challenges in the Brazilian context ABSTRACT: This thesis is based on the assumption that the experience of aging is influenced by stereotypes and beliefs about old age and depending on the political-pedagogical proposals that support the practices of social workers in the spaces of care for the elderly, it will be more or less possible walking towards the emancipatory direction of active aging. The qualitative approach of the developed exploratory study combined bibliographic and empirical investigations aiming to identify subjective and sociocultural aspects of the aging process that collaborate to support Health Education practices. The empirical construction is anchored in the analysis of the content of semi-structured interviews with nine (09) elderly and seven (07) social workers who develop educational activities within universityextension projects in the city of Niterói /Rio de Janeiro – Brazil. In both cases, each individual has your aging process. For the elderly, fuller and happier aging is an achievement of each one and of the society itself. The resilience and protection mechanisms are categories that evidenced strategies they use to overcome adversities such as socialization, autonomies respect and openness to new learning. It was observed that the production of knowledge from dialogue and shared experiences between educators/social workers and students/elderly in extension activities, contributed to raising awareness about citizenship in the third age and about their bodies in the production of care for themselves. The role of the social worker as a mediator of knowledge is highlighted when they assume the responsibility of providing psychosocial support to people in their different old ages, through emancipatory health education. It is concluded that the study contributed to the recognition of social workers as potential promoters of active aging, identified political-pedagogical guidelines for educational practices \ and signaled the need for greater investment in their training