Sizing of forest fire initial attack suppression crews

O tema dos incêndios florestais é, infelizmente, bem conhecido para todos nós em Portugal. Todos os anos, principalmente na altura de Verão, as notícias acabam por embater neste tema. Os incêndios acabam consumindo grandes hectares de terreno e de recursos do nosso país, destruindo muitas vezes habitações e colhendo tragicamente vidas em alguns deles. Isto deve-se não só a alterações climatéricas, mas também a uma falha na prevenção, seja na limpeza das matas como na própria organização do território. Por fim, a falta, por vezes, de formação adequada dos intervenientes no combate acaba por piorar a situação. A única maneira de combater um incêndio florestal diretamente é nos momentos seguintes à sua ignição. Após o crescimento do mesmo, o ataque direto não é eficaz e por isso os bombeiros precisam de esperar por abertas no combate, como mudanças no vento ou outras alterações climatéricas, uso de corta fogos, etc. Deste modo, o ataque inicial é o momento mais importante do combate e deve ser em força e rápido, estando otimizado o melhor possível. O objetivo desta dissertação foi otimizar a alocação de meios de combate a incêndios para as corporações do distrito do Porto tendo em conta as ocorrências históricas no distrito, ocorrências essas que se encontravam disponíveis no site do ICNF, divididas por ano, e que foram agregadas numa única base de dados para se proceder à sua análise. Comparou-se o cenário existente (atribuição top-down) com um novo cenário, otimizado de forma a minimizar o número de meios de combate, maximizando a cobertura das ocorrências a partir das corporações mais próximos, tanto para o caso de haver entre ajuda entre corporações vizinhas como não havendo. Para isto, será usado não só o número de ocorrências simultâneas bem como a sua área ardida, supondo que o ataque inicial é 100% eficiente, isto é, que todas as ocorrências são contidas no ataque inicial e têm uma duração de apenas duas horas