Numa altura em que Portugal era praticamente um deserto teórico na área das ciências da comunicação, em particular do jornalismo, com ausência de orientação profissional para alem da importante experiencia nas redações, Mário Mesquita, enquanto diretor do Diário de Notícias e depois de receber um convite para lecionar na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Universidade Nova de Lisboa, assumiu um desafio singular para a época: preencher muitos dos lugares vazios do conhecimento sobre a nobre missão de informar, em território nacional. Historiadores, como José Tengarrinha, construíam a linha cronológica da profissão, em Portugal; sociólogos, como José Manuel Paquete de Oliveira, traçavam-lhe o perfil; e Mário Mesquita, a par de outros aca...