O Estado controla a Internet? : Um panorama do debate sobre a regulação da liberdade de expressão online

The article seeks to understand how States interfere in the Internet. At first, the Internet seemed to be a place shielded from state power, however, the "independence" of the Internet was soon seen as a utopia, and then attempts were made to create strands of regulation. Like the Internet, today's prevalent line of Internet regulation, as proposed by Lessig, of controlling the source code of Internet applications and services, has not ceased to evolve in the decades since its inception. States have put pressure on intermediaries to follow their determinations by means of responsibilities and exemptions when their laws are followed. However, we see a growing role of platforms in the regulation of freedom of expression, one of the most basic rights exercised online. The article concludes that the Internet imposes a new model of regulation that both adapts and changes rapidly, and interferes with the state's ability to control behavior and guarantee the rights of its citizens. The Internet is not a land without law, but a land with many laws, each one coming from an agent, the result of a mixture of state, market and even social pressures. Authors such as Balkin (2014, 2018) and Frosio (2021) help us understand the current trends in the relationship and regulation of the Internet by States.El artículo trata de entender cómo los Estados interfieren en Internet. Al principio, Internet parecía ser un lugar protegido del poder estatal, sin embargo, la "independencia" de Internet pronto se vio como una utopía y, entonces, se intentó crear hilos de su regulación. Al igual que Internet, la actual línea de regulación de Internet, propuesta por Lessig, de controlar el código fuente de las aplicaciones y servicios de Internet, no ha dejado de evolucionar en las décadas transcurridas desde su aparición. Los Estados empezaron a presionar a los intermediarios para que sigan sus determinaciones mediante responsabilidades y exenciones cuando se cumplen sus leyes. Sin embargo, vemos un papel creciente de las plataformas en la regulación de la libertad de expresión, uno de los derechos más básicos que se ejercen en línea. El artículo concluye que Internet impone un nuevo modelo de regulación que se adapta y cambia rápidamente, e interfiere en la capacidad del Estado para controlar los comportamientos y garantizar los derechos de sus ciudadanos. Internet no es una tierra sin ley, sino una tierra con muchas leyes, cada una procedente de un agente, resultado de una mezcla de presiones estatales, de mercado e incluso sociales. Autores como Balkin (2014, 2018) y Frosio (2021) nos ayudan a entender las tendencias actuales de relación y regulación de Internet por parte de los Estados.O artigo procura entender como os Estados interferem na Internet. De início, a Internet parecia ser um local resguardado do poder estatal, no entanto, a “independência” da Internet logo foi vista como utopia e, então, tentou-se criar vertentes de sua regulação. Assim como a Internet, a linha prevalente hoje da regulação da Internet, proposta por Lessig, de controle do código-fonte das aplicações e serviços da Internet, não deixou de evoluir nas décadas seguintes ao seu surgimento. Os Estados passaram a pressionar os intermediários a seguirem suas determinações por meio de responsabilidades e isenções quando suas leis são seguidas. No entanto, vê-se um crescente protagonismo das plataformas na regulação da liberdade de expressão, um dos direitos mais básicos exercidos online. Conclui-se, com o artigo, que a Internet nos impõe um novo modelo de regulação que tanto se adapta e se altera rapidamente, quanto interfere na capacidade estatal de controlar comportamentos e garantir direitos de seus cidadãos. A Internet não é uma terra sem lei, mas uma terra com muitas leis, cada uma advinda de um agente, fruto de uma mistura de pressões Estatais, mercadológicas e até sociais. Autores como Balkin (2014, 2018) e Frosio (2021) auxiliam a compreensão das atuais tendências de relação e regulação da Internet pelos Estados