A estrutura de comunicação da política monetária dos bancos centrais : construção de confiança ou de credibilidade?

Orientador: Fabiano Abranches Silva DautoMonografia(Graduação) - Universidade Federal do Paraná,Setor de Ciências Sociais Aplicadas, Curso de Ciências EconômicasResumo: Até meados de 1970, com o keynesianismo ortodoxo, política monetária era utilizada para manter a produção e o emprego em níveis elevados. Nos anos 1980, com os Novos Clássicos, há uma mudança de paradigma com o Novo Consenso, onde a estabilidade dos preços se tornou o principal objetivo das autoridades monetárias. Os desenvolvimentos teóricos enfatizaram o papel e a importância da reputação dos bancos centrais e a credibilidade das suas políticas. Entretanto, sua base teórica esteve dominada por uma parcela ínfima de burocratas armados de conhecimentos técnicos para conduzi-la, ao passo que economistas divergem entre si sobre a condução da política monetária. A comunicação dos bancos centrais, nesta questão, entra como ponto fundamental no sentido de reduzir a divergência cognitiva e a incerteza sobre os resultados de decisões dos agentes econômicos. Por esse motivo, acompanhar reuniões dos formuladores de política monetária é crucial para entender a dinâmica da economia atual, além de servir como uma forma de previsão do cenário futuro. Assim sendo, o objetivo deste trabalho é analisar a estrutura de comunicação das decisões de três órgãos conectados aos seus respectivos bancos centrais, o Comitê de Política Monetária (Copom), Federal Open Market Committee (FOMC) e Monetary Policy Committee (MPC), e avaliar se eles optam por conduzir sua comunicação em uma estratégia de confiança ou credibilidade, dado que tais conceitos são distintos