Saúde do trabalhador de enfermagem do centro cirúrgico de um hospital universitário do Paraná

Orientadora: Profª Drª Arlete Ana MotterTítulo da capa: Saúde do trabalhador de enfermagem do centro cirúrgico de um hospital universitário do ParanáDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. Defesa : Curitiba, 04/09/2019Inclui referênciasResumo: Introdução: O trabalhador, em sua prática, necessita ter um ambiente físico adequado, visando a ergonomia, mas também, que o trabalho seja seguro no aspecto emocional e social. Sobrecarga de trabalho, equipe reduzida, relações interpessoais prejudicadas podem refletir na qualidade do trabalho e também na saúde do trabalhador. Objetivo: Analisar o impacto da organização do trabalho na saúde dos profissionais de enfermagem do centro cirúrgico de um hospital público do sul do país. Metodologia: pesquisa do tipo observacional e descritiva, com análise de dados qualitativa. Realizada com 15 profissionais de enfermagem do centro cirúrgico de um hospital escola, no período de julho a dezembro de 2018. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, gravadas e transcritas. Resultados: a falta de materiais e insumos traz consequências às relações interpessoais no centro cirúrgico, levando a ansiedade, esgotamento progressivo, danos à biomecânica ocupacional. Múltiplos vínculos profissionais provocam conflitos e insatisfações profissionais, assim como, a falta de reconhecimento e múltiplas funções. A preocupação com o bem-estar e a segurança do paciente, com esforço para melhor desempenho de suas funções em meio às adversidades, gera satisfação e recupera o sentido do trabalho. Conclusão: compreendendo que a escassez de insumos favorece o adoecimento mental dos trabalhadores, assim como, desvio de função e múltiplos vínculos profissionais, possibilita aos gestores a criação de estratégias que vislumbrem a proteção à saúde mental destes. Desta forma, pode fomentar outros estudos acerca do tema.Abstract: Introduction: The worker, in his practice, needs to have an adequate physical environment, aiming at ergonomics, but also, that the work is safe in the emotional and social aspect. Work overload, reduced staff, impaired interpersonal relationships can reflect on the quality of work and also on worker health. Objective: To analyze the impact of work organization on the health of nursing professionals in the operating room of a public hospital in southern Brazil. Methodology: observational and descriptive research, with qualitative data analysis. Held with 15 nursing professionals from the operating room of a teaching hospital, from July to December 2018. Semi-structured interviews were recorded and transcribed. Results: the lack of materials and inputs has consequences for interpersonal relationships in the operating room, leading to anxiety, progressive exhaustion, damage to occupational biomechanics. Multiple professional ties cause conflicts and professional dissatisfaction, as well as lack of recognition and multiple functions. Concern for the well-being and safety of the patient, striving for better performance of their duties in the midst of adversity, generates satisfaction and regains the sense of work. Conclusion: understanding that the scarcity of inputs favors the mental illness of workers, as well as deviation of function and multiple professional ties, enables managers to create strategies that envision the protection of their mental health. This way, it can foster other studies on the subject