Dinamica de crescimento e peso de Sphoeroides testudineus (Actinopterygii, Tetraodontidae) na Gamboa do Pereque (PR, Brasil)

Orientador: Marco Fabio Maia CorreaMonografia (graduação) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Terra, Centro de Estudos do Mar, Curso de Graduação em Oceanografia com Habilitação em Pesquisa OceanográficaO trabalho objetivou estimar a relação peso-comprimento, o comprimento da primeira maturação e o comprimento médio por anel etário nos otólitos de Sphoeroides testudineus (Linnaeus, 1758) na gamboa do Perequé, Paraná (25°34'25'S, 48°31'25 W). Os peixes foram coletados com redes do tipo Fyke, que permaneceram na água por ciclos de 24 horas, cujas despescas foram realizadas a cada 3 horas. As coletas foram realizadas em dezembro de 2002 e fevereiro de 2003 e nos bimestres entre julho de 2003 e maio de 2004. Para as análises da relação peso-comprimento foram examinados 1843 peixes dos quais 120 (6,51 %) eram machos, 349 (18,93 %) fêmeas e 1347 (74,55%) correspondiam ao sexo indeterminado. A equação encontrada foi Peso = 0,015 Ct 171 para machos, Peso = 0,017 Ct 302 para fêmeas. O comprimento médio da primeira maturação gonadal estimado para machos e fêmeas foi de 10,73 cm 11,04 cm respectivamente, cujas curvas de primeira maturação foram ajustadas pela equação: fr=1-e-1,00529x10-fect 15,34905 e fr=1 -e -3.38 x 10-12 ct 10,84606 Os altos valores obtidos para o coeficiente alométrico indicam maior investimento no crescimento, que possivelmente está relacionado ao pequeno tamanho relativo da população analisada ou um mecanismo para suportar as condições de estresse na área. Os comprimentos de primeira maturação gonadal foram semelhantes aos encontrados na gamboa do Baguaçu Para o retrocálculo foram analisados 247 otólitos dos quais 19 eram machos, 61 fêmeas e 167 indeterminados. Foi observado para a espécie o número máximo de três anéis Os valores retrocalculados não diferiram significativamente dos observados. Os comprimentos médios (cm) dos peixes, respectivamente para machos e fêmeas, foi de 3,4 e 3,6 (1° anel), 5,3 e 5,4 (2° anel) 72 e 8,1 (3º anel). A correlação entre comprimento total do peixe e o raio total dos otólitos foi linear e significativamente positiva (R = 0,70). Os coeficientes de variação não ultrapassaram 23,7%, mostrando que houve consistência na leitura dos anéis de crescimento, indicando que os otólitos podem ser usados de forma satisfatória nos estudos de idade e crescimento de Sphoeroides testudineus. PALAVRAS-CHAVE: Sphoeroides testudineus, crescimento, peso, maturação gonadal