Análise do mercado de floresta de eucalipto no Vale do Paraíba Paulista

Orientador: Prof. Dr. João Carlos Garzel Leodoro da SilvaCoorientador: Eng. Msc. Vitor Hugo Aranda Ferreira SilvaMonografia (especialização) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Agrárias, Curso de Especialização MBA em Gestão FlorestalInclui referências: p. 40-42Resumo: O presente trabalho teve como objetivo principal analisar o mercado de consumo de madeira de floresta de eucalipto na região do Vale do Paraíba, no Estado de São Paulo. Para isto, foi realizado o levantamento do volume total da silvicultura do eucalipto, seus consumidores, volumes e preços praticados por sortimentos nas categorias floresta em pé, colocado em pátios próximos do local de corte/baldeio ou em pátios na unidade fabril, bem como especificações do material a ser comercializado. Posteriormente realizou se o levantamento dos custos totais das atividades envolvidas no cultivo, corte, baldeio e transporte de madeira do eucalipto. A área plantada com eucalipto no Vale do Paraíba Paulista totalizou 69.492 ha, o que representa 10,38 % dos 669.636 ha de utilização da terra nos seus 35 municípios. Como resultado, verificou se que há um excedente de mais de 1.000.000 m³ de madeira. O custo para implantar e manter uma floresta de eucalipto até o 7º ano foi de R$21,56/m³ (considerando IMA de 40 m³/ano). O valor da venda desta floresta na modalidade em pé, após esperar 7 anos, foi de R$27,00/m³. O lucro de R$5,44/m³ é muito baixo considerando alto risco de perdas por incêndios e ataque de doenças e pragas. A venda da madeira na modalidade posto unidade fabril a uma distância de 100 km, gerou prejuízos de R$ R$8,57/m³ para celulose, R$7,42/m³ para lenha e R$5,85/m³ para madeira tratada, e lucros de R$1,65/m³ para toretes e R$78,79/m³ para escora para construção civil. A situação se agrava mais para a Empresa Terra dos Vales S.A que, por fazer parceiras com produtores rurais na proporção 70/30% e arcando com todos os custos de implantação e manutenção das florestas, chega se a um valor de R$28,25/m³ apenas para pagar os custos.Abstract: This paper had as main objective to analyze the wood consumption market of eucalyptus forests in the Vale do Paraíba region, in the State of São Paulo. For this purpose, a survey of the total volume of eucalyptus forestry, its consumers, volume and prices practiced by assortment in the standing forest category, placed in yards near the cutting site or in yards in the manufacturing unit, as well as the specifications of the material to be marketed. Subsequently, the total costs of the activities involved in the cultivation, cutting, extraction, and transportation of eucalyptus wood were carried out. The area planted with eucalyptus in the Vale do Paraiba Paulista totaled 69.492 hectares, representing 10.38% of the 669.636 hectares of utilized land in the valley’s 35 municipalities. As a result, it was found that there is a surplus of more than 1,000,000 m³ of timber. The cost to implement and maintain a eucalyptus forest until the 7th year was R$ 21.56/m³ (considering IMA of 40 m³/year). The value of the sale of this forest in standing mode, after waiting 7 years, was R $ 27.00/m³. The profit of R$ 5.44/m³ is very low considering the high risk of losses due to fires, disease, and pest attacks. The sale of wood in a courtyard mode at the plant the distance from 100 km, generated losses of R$ 8.57/m³ for pulp, R$ 7.42/m³ for firewood, and R$ 5.85/m³ for treated wood. Profits of R$ 1.65/m³ for small log and R$ 78.79/m³ for propping for construction. The situation worsens for Terra dos Vales SA Company which, by partnership with rural producers with proportion of 70/30% and bearing all the costs of implementation and maintenance of the forests, reached a price of R$ 28.25/m³, wich only pays the costs