O regime de metas de inflaçao no Brasil, sua influencia sobre a divida publica mobiliaria federal interna e seu impacto fiscal

Orientador: Marcelo Luiz CuradoMonografia(Graduaçao) - Universidade Federal do Paraná,Setor de Ciencias Sociais Aplicadas, Curso de Ciencias EconômicasResumo: A Inflação é um fenômeno no qual é caracterizado por um aumento generalizado nos níveis de preços com relação a todos os bens produzidos em uma determinada economia. Existem alguns tipos de inflação que são observados em muitas economias, como a inflação de demanda que pode ser atribuída a um excesso de demanda em relação à produção de bens, inflação de custos, caracterizada por um aumento nos custos do processo produtivo, como insumos e salários e a inflação inercial que trata da indexação dos preços da economia e trata também do conflito distributivo que ocorre entre as firmas e os empregados. O regime de metas de inflação são ações de política monetária que por meio da taxa básica de juros, chega-se a um nível de preços previamente determinado. Desde 1999 o Brasil adota esse regime, e excetuando-se o ano 2000 quando se atingiu a meta, nos quatro primeiros anos a meta não foi alcançada, porém de 2003 para cá a meta vem sendo cumprida. A taxa de juros é o principal artifício utilizado pelo Governo brasileiro para chegar à meta inflacionária, por exemplo, quando há períodos de grande aquecimento na economia eleva-se a taxa de juros, justamente para conter avanços na demanda agregada e conseqüentemente controlar o nível de inflação. Porém, essas elevações na taxa Selic, são maléficas ao país com relação ao impacto fiscal. A gestão da Dívida Pública por parte do Governo brasileiro é feita no sentido de diminuir os custos com pagamentos de juros referentes a vencimentos da dívida. A principal finalidade do Governo é alterar os indexadores da dívida pública que oneram em grande medida os seus custos. Indexadores como a Selic e o câmbio, estão cada vez mais diminuindo sua participação na composição da dívida e paralelamente ocorre um aumento nos títulos indexados à índices de preços e títulos prefixados, que apesar de ser fixados à Selic, não variam com o passar do tempo