Juro e lucro de empresario : uma critica a noção de lucro economico

Orientador: Francisco Paulo CipollaMonografia(Graduação) - Universidade Federal do Paraná,Setor de Ciências Sociais Aplicadas, Curso de Ciências EconômicasResumo: A monografia discute e compara as teorias de Marx de juro e lucro do empresário, e as teorias dos Neoclássicos de juro e lucro econômico. Para Marx, o juro é uma parte do lucro, e esse tem sua origem na mais-valia que é apropriada pelos capitalistas a partir da exploração da força de trabalho no processo de produção de mercadorias. O conceito de lucro do empresário surge da oposição do lucro ao juro recebido pelo capitalista dono do capital, que ao invés de aplicar seu capital no processo produtivo, prefere emprestá-lo para que outro capitalista invista esse capital em troca de juro. Dessa maneira o juro toma forma de um pagamento ao dono do capital pelo dinheiro cedido, devido ao fato dele ser o legítimo proprietário do capital, e o lucro, opondo-se a esse juro, toma forma de lucro do empresário, uma recompensa pelo trabalho do capitalista que efetivamente aplica o capital no processo produtivo. Para os Neoclássicos o juro e o lucro econômico têm origens distintas. O primeiro é definido por um mercado de oferta e procura por crédito, ou seja, uma grande procura por empréstimos faz com que a taxa de juros cresça, e da mesma maneira um país com muita poupança diminui a taxa de juros. Já o lucro econômico é fruto da habilidade empreendedora do empresário. O empresário é o responsável pela maximização dos lucros de uma empresa e faz com que ela obtenha lucro econômico. Assim, enquanto para Marx, o conceito de lucro do empresário, como uma recompensa pelo seu trabalho, é uma mistificação do conceito de mais-valia, para os neoclássicos é a explicação teórica para origem do lucro econômico