CERTIFICAÇÃO DO CARVALHO NO ARMAZENAMENTO DA CACHAÇA

The storage in wooden containers integrates the process of production of distilled beverages, characterizing the stage of maturation or aging. The cachaça – legally defined as distilled sugar cane drink produced in Brazil – is stored in barrels of several native woods, as well as in European and American oak barrels (Quercus). Given the diversity of wood employed, it is important to have chemical parameters to attest to the identity of each wood, whose extracted components are recognized as bioactive. However, Brazilian legislation defines aging only through physical parameters related to container geometry and storage time. In this work, analyzing whiskeys and cachaças aged in oak, it is demonstrated that, despite the diversity of origins, the identity of the oak is well characterized in the chromatographic profiles, with consistent predominance of the alagic and lalic acids and syllaldehyde. It is concluded that it is possible to attest to the use of oak in the aging of distilled beverages, regardless of the diversity of treatments to which the wood may have been submitted. The possibility/relevance of extending the methodology (HPLC-UV) is pointed out for the purpose of characterizing native Brazilian woods used in the aging of cachaça. This is an important advance for the purpose of certifying the identity of cachaça and valuing the native Brazilian flora. El almacenamiento en envases de madera integra el proceso de producción de bebidas destiladas, caracterizando la etapa de maduración o envejecimiento. La cachaça, legalmente definida como bebida destilada de caña de azúcar producida en Brasil, se almacena en barricas de varias maderas nativas, así como en barricas de roble europeo y americano (Quercus). Dada la diversidad de madera empleada, es importante contar con parámetros químicos que den fe de la identidad de cada madera, cuyos componentes extraídos son reconocidos como bioactivos. Sin embargo, la legislación brasileña define el envejecimiento solo a través de parámetros físicos relacionados con la geometría del contenedor y el tiempo de almacenamiento. En este trabajo, analizando whiskies y cachaças envejecidos en roble, se demuestra que, a pesar de la diversidad de orígenes, la identidad del roble está bien caracterizada en los perfiles cromatográficos, con un predominio consistente de los ácidos alágico y lálico y sílaldehído. Se concluye que es posible dar fe del uso del roble en la crianza de bebidas destiladas, independientemente de la diversidad de tratamientos a los que se haya podido someter la madera. Se señala la posibilidad/relevancia de extender la metodología (HPLC-UV) con el propósito de caracterizar las maderas nativas brasileñas utilizadas en el envejecimiento de la cachaça. Este es un avance importante con el propósito de certificar la identidad de la cachaça y valorar la flora nativa brasileña. O armazenamento em recipientes de madeira integra o processo de produção de bebidas destiladas, caracterizando a etapa de maturação ou envelhecimento. A cachaça – legalmente definida como bebida destilada da cana-de-açúcar produzida em território brasileiro - é armazenada em barris de diversas madeiras nativas, assim como em barris de carvalho europeu e americano (Quercus). Dada a diversidade de madeiras empregadas, é importante dispor de parâmetros químicos que permitam atestar a identidade de cada madeira, cujos componentes extraídos são reconhecidamente bioativos. No entanto, a legislação brasileira define o envelhecimento tão somente mediante parâmetros físicos afetos à geometria dos recipientes e ao tempo de armazenamento. Nesse trabalho, analisando uísques e cachaças envelhecidas em carvalho, demonstra-se que, a despeito da diversidade de origens, a identidade do carvalho fica bem caracterizada nos perfis cromatográficos, com predominância consistente dos ácidos elágico e gálico e do siringaldeído. Conclui-se que é possível atestar o emprego do carvalho no envelhecimento de bebidas destiladas, independente da diversidade de tratamentos a que a madeira possa ter sido submetida. E aponta-se a possibilidade/relevância de se estender a metodologia (HPLC-UV) para fins de caracterização das madeiras brasileiras nativas empregadas no envelhecimento da cachaça. Trata-se de um avanço importante para fins de certificação da identidade da cachaça e valorização da flora nativa brasileira. O armazenamento em recipientes de madeira integra o processo de produção de bebidas destiladas, caracterizando a etapa de maturação ou envelhecimento. A cachaça – legalmente definida como bebida destilada da cana-de-açúcar produzida em território brasileiro - é armazenada  em barris de diversas madeiras nativas, assim como em barris de carvalho europeu e americano (Quercus). Dada a diversidade de madeiras empregadas, é importante dispor de parâmetros químicos que permitam atestar a identidade de cada madeira, cujos componentes extraídos são reconhecidamente bioativos. No entanto, a legislação brasileira define o envelhecimento tão somente mediante parâmetros físicos afetos à geometria dos recipientes e ao tempo de armazenamento. Nesse trabalho, analisando uísques e cachaças envelhecidas em carvalho, demonstra-se que, a despeito da diversidade de origens, a identidade do carvalho fica bem caracterizada nos perfis cromatográficos, com predominância consistente dos ácidos elágico e gálico e do siringaldeído. Conclui-se que é possível atestar o emprego do carvalho no envelhecimento de bebidas destiladas, independente da diversidade de tratamentos a que a madeira possa ter sido submetida. E aponta-se a possibilidade/relevância de se estender a metodologia (HPLC-UV) para fins de caracterização das madeiras brasileiras nativas empregadas no envelhecimento da cachaça. Trata-se de um avanço importante para fins de certificação da identidade da cachaça e valorização da flora nativa brasileira. &nbsp