O silêncio não é saúde

Desde las últimas décadas del siglo XX se produjeron transformaciones en el agro argentino, entre las que se destaca la aprobación del uso de soja genéticamente modificada resistente al glifosato. A partir de una perspectiva cualitativa con abordaje etnográfico, se analizan las prácticas y discursos locales sobre la salud y el ambiente en torno al uso de agrotóxicos de los profesionales de la salud en el partido de Junín entre 2015 y 2018. Estos subestiman el problema que causan los agrotóxicos en la salud y el ambiente. Se concluye que esto sucede debido a las condiciones de trabajo precarias y la escasa formación en toxicología de los pesticidas y en epidemiología popular en las universidades. A su vez, el discurso que predomina es el del modelo médico hegemónico: se trata (y registra) la enfermedad, pero se excluye la red de relaciones sociales y culturales que intervienen en el proceso de salud, enfermedad, atención.During the last decades of the 20th century, great transformations have taken place in Argentine agriculture, among which the approval of the use of genetically modified glyphosate-resistant soybean stands out. This article analyses, from a qualitative perspective with an ethnographic approach, local practices and discourses on health and the environment in relation to the use of pesticides among health professionals in the Junín district (province of Buenos Aires) between 2015 and 2018. Through in-depth interviews and participant observation, it shows that health professionals underestimate the problem that pesticides cause in health and the environment. The paper concludes that these ideas manifest due to precarious working conditions and scarce university training in pesticide toxicology and popular epidemiology. In turn, the predominant discourse is that of the hegemonic medical model: the disease is treated (and recorded), but the network of social and cultural relations that intervene in the process of health, disease, care is excluded.Nas últimas décadas do século XX, ocorreram grandes transformações na agricultura argentina, incluindo a aprovação da utilização de soja geneticamente modificada resistente ao glifosato. Desde uma perspectiva qualitativa com uma abordagem etnográfica, analisamos as práticas e os discursos locais sobre a saúde e o ambiente em torno da utilização de pesticidas entre profissionais de saúde no distrito de Junín entre 2015 e 2018. A pesquisa mostra que os profissionais de saúde subestimam o problema causado pelos pesticidas sobre a saúde e o ambiente. Se conclui que expressam estas ideias devido às condições de trabalho precárias e à formação deficiente em toxicologia de pesticidas e epidemiologia popular nas universidades. Ao mesmo tempo, o discurso predominante é o do modelo médico hegemônico: a doença é tratada (e registrada), mas exclui-se a rede de relações sociais e culturais que intervêm no processo de saúde, doença, cuidado