Lâmpadas LED e distorção harmônica: uma amostra do mercado brasileiro

As lâmpadas baseadas em LED tornaram-se alternativas viáveis para a substituição de outros sistemas de iluminação, como aqueles baseados em lâmpadas fluorescentes. Entretanto, em contraste às vantagens proporcionadas pela aplicabilidade dos LED (longa vida útil, alta eficiência, baixo consumo de energia, dentre outras) há desvantagens inerentes a essa tecnologia, como a injeção de harmônicos no sistema elétrico devido aos conversores utilizados. Neste artigo é apresentado um estudo acerca da presença de harmônicos na corrente de lâmpadas LED comercializadas no Brasil, frente ao estabelecido na Portaria Inmetro nº 389/2014 e na norma IEC 61000-3-2. Para tanto, é realizada uma avaliação da DHT injetada pelas lâmpadas ensaiadas. Foram considerados 8 tipos de potências nominais diferentes, fornecidos por 3 fabricantes presentes no mercado nacional. Além disso, foi mensurado o fator de potência dos tipos ensaiados. Foi constatado que 46,15% dos tipos de lâmpadas com potência inferior 25 W, faixa de potência não regulamentada nacionalmente, estavam em desacordo com os níveis harmônicos estabelecidos na IEC 61000-3-2, o que aponta para a necessidade de revisão da normatização nacional