Discursividades sobre moda agênero em Vogue Brasil no ano de 2020

The article seeks to investigate, by means of the French line discourse analysis method, how the discursive approach about no gender fashion is made in the magazine Vogue Brasil, considering, for this purpose, the editions aired in the period from January to June 2020, in which there are five approaches to the subject, divided into three subjects and two editorials. It is worth noting that Vogue Brasil is today the only print title specialized in fashion in Brazil to circulate monthly. Stands out in the production of articles, columns and editorials on the national and international fashion scene and is associated with hegemonic and dominant discursive structures of fashion, following the speeches themselves headed by major brands, among them, that of the no gender fashion, that has been attracting the attention of creators since 2015. In spite of the coverage of the event being present in the pages of Vogue Brasil we see, thus, that the publication does not depart from a pattern of fashion coverage that accompanies it since its origin in Brazil and that may be related to the maintenance of a status quo that legitimizes power relations still dominant in the relationship between gender and clothing in the fashion scene national.El artículo busca investigar, por medio del método del análisis de discurso de línea francés propuesto por Dominique Maingueneau y de consideraciones sobre moda y género constituidas a partir de teóricos como Diana Crane, Anne Hollander, Gilda de Mello e Souza y James Laver, la forma en que se hace el enfoque discursivo sobre moda agénero en la revista Vogue Brasil. Para ello, se han considerado las ediciones transmitidas en el período de enero a junio de 2020, en las que se encuentran cinco enfoques sobre el tema, distribuidos en tres materias y dos editoriales. Vale destacar que Vogue Brasil es hoy el único título impreso especializado en moda en Brasil a circular mensualmente. Se destaca en la producción de materias, columnas y editoriales sobre el escenario de la moda nacional e internacional, acompañando los discursos encabezados por grandes marcas, entre ellos el de la moda agénero, que viene despertando la atención de creadores desde 2015. A pesar de que la cobertura del agénero se muestra presente en las páginas de Vogue Brasil se puede observar, entretanto, que la publicación no se desprende de un patrón de cobertura de moda que la acompaña desde su origen en Brasil y que puede estar relacionado al mantenimiento de un status quo que legitima relaciones de poder aún dominantes en la relación entre género y vestimenta en el escenario de la moda nacional.O artigo busca investigar, por meio do método da análise de discurso de linha francesa, o modo como é feita a abordagem discursiva sobre moda agênero na revista Vogue Brasil, considerando-se, para isso, as edições veiculadas no período de janeiro a junho de 2020, nas quais se encontram cinco abordagens sobre o tema, distribuídas em três matérias e dois editoriais. Vale destacar que Vogue Brasil é hoje o único título impresso especializado em moda no Brasil a circular mensalmente. Destaca-se na produção de matérias, colunas e editoriais sobre o cenário da moda nacional e internacional e se associa a estruturas discursivas hegemônicas e dominantes de moda, acompanhando os discursos encabeçados por grandes marcas, entre eles, o da moda agênero, que vem despertando a atenção de criadores desde 2015. A despeito de a cobertura sobre agênero se mostrar presente nas páginas de Vogue Brasil pode-se observar, entretanto, que a publicação não se descola de um padrão de cobertura de moda que a acompanha desde sua origem no Brasil e que pode estar relacionado à manutenção de um status quo que legitima relações de poder ainda dominantes na relação entre gênero e vestimenta no cenário da moda nacional