Corpos de água na poesia de Eavan Boland (IRE) e Rhian Gallagher (NZ)

Na poesia de Eavan Boland e do poeta irlandês de segunda geração Rhian Gallagher, corpos de água são convocados para realizar o ritual ou vocação para a incorporação na lírica. Neste artigo, defendo que uma educação católica influencia a forma como um poeta trata o assunto na poesia lírica, particularmente os corpos das mulheres. Boland viaja em direção ao corpo de sua mãe moribunda em “And Soul”, permeando cada gota de água que ela encontra com a possibilidade de reanimar sua mãe. Em “Gaze”, Gallagher procura por “algo” faltando na vista do lado de fora de sua janela, algo que ela encontra no olhar e no corpo de sua amante lésbica. Ambos os poemas se passam em espaços liminares, permitindo o ritual de corporificação lírica com sujeitos que buscam a imortalidade por meio de corpos de águaIn the poetry of Eavan Boland and second-generation Irish poet Rhian Gallagher, bodies of water are summoned to enact the ritual or vocation towards embodiment in the lyric. In this article, I argue that a Catholic upbringing influences how a poet treats the subject in lyric poetry, particularly bodies of women. Boland travels towards the body of her dying mother in “And Soul”, permeating every drop of water she encounters with the possibility of enlivening her mother. In “Gaze”, Gallagher searches for “something” missing in the view outside her window, something she finds in the gaze and body of her lesbian lover. Both poems are set in liminal spaces, allowing for the ritual of lyric embodiment with subjects seeking immortality through bodies of water.&nbsp