Medidas morfométricas para o dimorfismo sexual em equinos da raça Campolina

The objective of this work was to distinguish the sexual dimorphism of horses of the Campolina breed, by morphometric measurements, and to classify them according to sex, using discriminating functions. Two-hundred and fifteen horses were measured, and 39 morphometric measurements were evaluated. The analysis of covariance and the discriminant analysis were performed. Males were taller and showed a wider chest, a greater scapular-humeral angle, and a larger neck, both in length and circumference. Females had a larger heart girth, wider hips, and a greater opening of the coxal-ground and femorotibial angles. Regarding classification, circumference measurements (85.58%) were more accurate in sexual differentiation than the linear (83.26%) and angular (73.02%) ones. As to classification error, of the total animals measured, 10 to 20% of the females were categorized as males. In addition, 11 to 38% of the males were categorized as females. It can be concluded that of the 39 morphometric measurements evaluated, 22 are responsible for sexual dimorphism in the Campolina horse breed. Circumference and linear measurements provide a more assertive classification to determine sexual dimorphism. Angular measurements show greater classification errors regarding the gender of the horses.O objetivo deste trabalho foi distinguir o dimorfismo sexual de equinos da raça Campolina, por meio de medidas morfométricas, e classificá-los quanto ao sexo, tendo-se utilizado funções discriminantes. Foram mensurados 215 equinos, e avaliadas 39 medidas morfométricas. Realizaram-se análises de covariância e discriminante. Os machos foram mais altos e apresentaram peito mais largo, maior ângulo escapulo-umeral e maior pescoço, tanto em comprimento quanto em perímetro. As fêmeas apresentaram maior perímetro torácico, ancas mais largas e maior abertura dos ângulos coxo-solo e femorotibial. Em relação à classificação, as medidas de perímetros (85,58%) foram mais acuradas na diferenciação sexual do que as lineares (83,26%) e as angulares (73,02%). Quanto ao erro de classificação, do total de animais mensurados, de 10 a 20% das fêmeas foram categorizadas como machos. Além disso, de 11 a 38% dos machos foram categorizados como fêmeas. Conclui‑se que, das 39 medidas morfométricas avaliadas, 22 são responsáveis pelo dimorfismo sexual em equinos da raça Campolina. As medidas de perímetros e lineares fornecem classificação mais assertiva para determinar o dimorfismo sexual. As medidas angulares mostram maiores erros de classificação em relação ao sexo dos equinos