Saúde mental de pessoas transgênero: revisão integrativa de literatura

The transgender phenomenon occurs when the person does not identify with the gender assigned at birth, which is usually marked by conflicts and internal struggles. This study aimed to map national and international studies on the mental health of transgender people in the last five years. An integrative literature review was developed, following the PRISMA protocol (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta Analyzes), through four databases (Lilacs, Scielo, APA Psycinfo and Web of Science), using the descriptors “transsexual OR transgender ” AND “mental health. The results were analyzed from 16 articles located and divided into three categories: mental health problems, risk factors and protective factors. There was a high prevalence of problems to the mental health of transgender people, such as depressed and anxious symptoms, use of psychoactive substances and alcohol, suicidal attempt and ideation, self-injurious behavior and decreased self-esteem. The main risk factors were social stigma and prejudice, in addition to lack of social support. On the other hand, the protective factors for mental health were social support, a functional marital relationship and the possibility of gender affirmation processes. It is concluded that it is extremely important that the Brazilian scientific scenario can contribute to a deeper understanding of mental health issues in the national context and to plan intervention strategies for social inclusion and combating prejudice against gender identity.El fenómeno transgénero ocurre cuando la persona no se identifica con el género asignado al nacer, que suele estar marcado por conflictos y luchas internas. Este estudio tuvo como objetivo mapear estudios nacionales e internacionales sobre la salud mental de las personas transgénero en los últimos cinco años. Se desarrolló una revisión integradora de la literatura, siguiendo el protocolo PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews y Metaanálisis), a través de cuatro bases de datos (Lilacs, Scielo, APA Psycinfo y Web of Science), utilizando los descriptores “transexual OR transgender” Y “mental salud. Los resultados fueron analizados a partir de 16 artículos localizados y divididos en tres categorías: problemas de salud mental, factores de riesgo y factores protectores. Hubo una alta prevalencia de problemas para la salud mental de las personas transgénero, como síntomas de depresión y ansiedad, uso de sustancias psicoactivas y alcohol, intento e ideación suicida, comportamiento autolesivo y disminución de la autoestima. Los principales factores de riesgo fueron el estigma y los prejuicios sociales, además de la falta de apoyo social. Por otro lado, los factores protectores de la salud mental fueron el apoyo social, la relación conyugal funcional y la posibilidad de procesos de afirmación de género. Se concluye que es de suma importancia que el escenario científico brasileño pueda contribuir a una comprensión más profunda de los problemas de salud mental en el contexto nacional y planificar estrategias de intervención para la inclusión social y el combate a los prejuicios contra la identidad de género.O fenômeno da transgeneridade ocorre quando a pessoa não se identifica com o seu gênero atribuído ao nascimento, o que geralmente é marcado por conflitos e lutas internas. O presente estudo objetivou mapear os estudos nacionais e internacionais sobre a saúde mental de pessoas transgênero nos últimos cinco anos. Foi desenvolvida uma revisão integrativa da literatura, seguindo o protocolo PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta Analyses), através de quatro bases de dados, utilizando os descritores “transexual OR transgender” AND “mental health. Os resultados foram analisados a partir de 16 artigos localizados e divididos em três categorias: agravos à saúde mental, fatores de risco e fatores de proteção. Evidenciou-se alta prevalência de agravos à saúde mental de pessoas transgênero, como sintomatologia deprimida e ansiosa, uso de substâncias psicoativas e álcool, tentativa e ideação suicida, comportamento auto lesivo e diminuição de autoestima. Os principais fatores de risco foram estigma social e preconceito, além de falta de apoio social. Por outro lado, os fatores de proteção à saúde mental foram suporte social, relacionamento conjugal funcional e possibilidade de processos de afirmação de gênero. Conclui-se que é de suma relevância que o cenário científico brasileiro possa contribuir para o aprofundamento da compreensão de questões de saúde mental no contexto nacional e para que se planeje estratégias interventivas de inclusão social e combate ao preconceito à identidade de gênero.