Escalaridade e periferia. Uma reconstrução conceitual do ponto de vista histórico-estrutural

The coexistence of social relations that are defined on different territorial scales and the asymmetric structuring of world space, with central and peripheral positions, constitute two central dimensions of the spatial structuring of socioeconomic systems. Although these two moments were extensively studied, their internal connections are a relatively less explored area. In this framework, the aim of this work is to explore the intrinsic relationships between these moments, constructing a historical-structural interpretation. In order to achieve this objective, the main contributions that focused on the specificity of each moment were analyzed, mobilizing different theories about the relationship between society and space. First, the theoretical development of the scalar question is discussed, showing how the relational turn constituted the key theoretical bet of the articulation between the world unity of the capital accumulation process and its spatial structuring on multiple scales. Secondly, the limitations that this option faces are synthesized when the contingency is prioritized as the basis of its conceptual apprehension. Third, a symmetrical criterion is taken to study the theories of dependency and Latin American structuralism, showing how, particularly in the latter case, there are theoretical potentialities to synthesize the scalarity and asymmetric spatial structuring of socioeconomic systems. The work concludes observing that the latter depends on returning to the historical-structural specificity of the peripheral modernization, considering the specific ways in which territoriality and capitalist relations of production are articulated.La coexistencia de relaciones sociales que se definen en escalas territoriales diferentes y la estructuración asimétrica del espacio mundial, con posiciones centrales y periféricas, constituyen dos dimensiones centrales de la estructuración espacial de los sistemas socioeconómicos. Si bien estos dos momentos fueron extensamente estudiados, sus conexiones internas resultan un área relativamente menos explorada. En este marco, el trabajo tiene por objetivo explorar las relaciones intrínsecas entre dichos momentos, construyendo para ello una interpretación de carácter histórico-estructural. A fin de alcanzar dicho objetivo, se evalúan las contribuciones principales que se centraron en la especificidad de cada momento, movilizando diferentes teorías sobre la relación entre sociedad y espacio. En primer lugar, se analiza el desarrollo teórico de la cuestión escalar, mostrando cómo el giro relacional constituyó la apuesta teórica clave de la articulación entre la unidad mundial del proceso de acumulación de capital y su estructuración espacial en múltiples escalas. En segundo lugar, se sintetizan las limitaciones que esta opción enfrenta al jerarquizarse la contingencia como fundamento de su aprehensión conceptual. En tercer lugar, se tomó un criterio simétrico para estudiar las teorías de la dependencia y estructuralismo latinoamericano, mostrando cómo, particularmente en este último caso, anidan potencialidades teóricas para sintetizar la escalaridad y la estructuración espacial asimétrica de los sistemas socioeconómicos. El trabajo concluye, observando que esto último depende de volver sobre la especificidad histórico-estructural de la modernización periférica considerando las formas específicas en las que la territorialidad y las relaciones capitalistas de producción se articulan.A coexistência de relações sociais que se definem em diferentes escalas territoriais e a estruturação assimétrica do espaço mundial, com posições centrais e periféricas, constituem duas dimensões centrais da estruturação espacial dos sistemas socioeconômicos. Embora esses dois momentos tenham sido amplamente estudados, suas conexões internas são uma área relativamente menos explorada. Nesse quadro, o trabalho visa explorar as relações intrínsecas entre esses momentos, construindo uma interpretação de cunho histórico-estrutural. Para atingir este objetivo, são avaliadas as principais contribuições que incidiram na especificidade de cada momento, mobilizando diferentes teorias sobre a relação entre a sociedade e o espaço. Em primeiro lugar, analisa-se o desenvolvimento teórico da questão escalar, mostrando como a virada relacional constituiu a aposta teórica chave da articulação entre a unidade mundial do processo de acumulação de capital e sua estruturação espacial em múltiplas escalas. Em segundo lugar, as limitações que esta opção enfrenta são sintetizadas observando a contingência como base de sua apreensão conceitual. Terceiro, adotou-se um critério simétrico para estudar as teorias da dependência e do estruturalismo latino-americano, mostrando como, particularmente neste último caso, potencialidades teóricas se aninham para sintetizar a escalaridade e a estruturação espacial assimétrica dos sistemas socioeconômicos. O trabalho conclui, observando que este último depende do retorno à especificidade histórico-estrutural da modernização periférica, considerando as formas específicas de articulação da territorialidade e das relações capitalistas de produção