Estratégias de regulação emocional e a sua relação com a satisfação com a vida

Neste estudo procurou-se evidenciar a relação da regulação emocional, que se define como um conjunto de processos que são responsáveis pela monitorização, avaliação e modificação das reações emocionais, com a satisfação com a vida, definida como um julgamento da qualidade de vida dos indivíduos com base em critérios individuais, nomeadamente o modo como as diferentes dimensões da regulação emocional estão associados a níveis mais elevados de satisfação com a vida. O principal objetivo do presente estudo consiste, então, na compreensão da relação que a regulação emocional pode ter na satisfação com a vida. A investigação assume uma vertente descritiva, transversal, de tipo correlacional. A amostra foi recolhida de forma presencial, mediante o preenchimento de um protocolo constituído por um questionário sociodemográfico, pela Escala de Satisfação com a Vida criada por Diener, Emmons, Larsen e Griffin (1985) e adaptada à população portuguesa por Neto, Barros e Barros (1990) e pelo Emotion Regulation Index for Children and Adolescents, criado por MacDermott, Gullone, Allen, King e Tong (2010) e validado para a população portuguesa por Reverendo (2011). Inclui um grupo de 60 participantes com idades compreendidas entre os 10 e os 16 anos (Média=14.03; Desvio-Padrão= 2.15) com 29 sujeitos do sexo feminino e 31 do sexo masculino. Foi possível observar, através dos resultados obtidos, uma correlação positiva e estatisticamente significativa entre a regulação emocional e a satisfação com a vida. Em geral verificou-se que níveis mais elevados de regulação emocional acabam por estar relacionados com a prevalência da satisfação com a vida. Os sujeitos mais jovens obtiveram valores superiores de regulação emocional, assim como os sujeitos do sexo masculino obtiveram uma pontuação mais elevada, comparativamente aos sujeitos do sexo feminino. Já em termos de satisfação com a vida, os participantes do sexo feminino obtiveram pontuações superiores, bem como os sujeitos mais novos. Da análise dos dados e na amostra em estudo, é possível concluir que a forma como as crianças e adolescentes regulam as suas emoções se encontra associada com a sua perceção de satisfação com a vida.This study sought to highlight the relationship of emotional regulation, which is defined as a set of processes that are responsible for monitoring, evaluation and modification of emotional reactions, with satisfaction with life, defined as a judgment of the quality of life of individuals. based on individual criteria, namely how different dimensions of emotional regulation are associated with higher levels of life satisfaction.The main objective of the present study is, therefore, to understand the relationship that emotional regulation can have in satisfaction with life. The research assumes a descriptive, cross-sectional, correlational type. The sample was collected in person by filling a protocol consisting of a sociodemographic questionnaire, the Satisfaction With Life Scale (SWLS) created by Diener, Emmons, Larsen and Griffin (1985) and adapted to que portuguese population by Neto, Barros and Barros (1990) and the Emotion Regulation Index for Children and Adolescents (ERICA) created by MacDermott, Gullone, Allen, King and Tong (2010) and validated for the portuguese population by Reverendo (2011). It includes a group of 60 participants aged between 10 and 16 years. (mean =14.03; standard deviation =2.15) with 29 female subjects and 31 male subjects. It was possible to observe through the obtained results, a positive and statistically significant correlation between emotional regulation and satisfaction with life. It has generally been found that higher levels of emotional regulation turn out to be related to the prevalence of satisfaction with life. Younger subjects had higher values of emotional regulation, just as the male subjects obtained a higher score, compared to the female subjects. Already in terms of life satisfaction, female participants scored higher as well as younger subjects. From the analysis of the data and the study sample, it is possible to conclude that the way in which children and adolescents regulate their emotions is associated with their perception of satisfaction with life