Contaminação residual microbiana de instrumentais odontológicos após diferentes protocolos de esterilização: revisão integrativa

Introduction: Cross-infection through reusable dental instruments begins with the adhesion of microorganisms on its surface, favored by the presence of narrow lumens, rough surfaces and multiple joints capable of hindering the removal of dirt, interfering with the effectiveness of the sterilization process. Objective: To carry out an integrative literature review on possible residual microbial contamination in dental instruments after being submitted to different infection control protocols involving mandatory sterilization. Materials and methods: A search was carried out in the Pubmed databases, using the search strategy [dental instruments OR dental practice] AND [sterilization OR disinfection] AND [bacteria OR colony count, microbial], totaling 486 articles. Full articles, written in Portuguese, English or Spanish, published until October 2021, involving analysis of residual microbial contamination of dental instruments after different infection control protocols that included sterilization were included. Results: After applying the inclusion and exclusion criteria, 38 articles were selected to compose the integrative review. Different infection control protocols were identified for endodontic files, surgical drills, handpieces and other instruments used in dental practice. Mechanical cleaning by manual brushing, ultrasonic vat disinfection or thermal disinfection, as long as they are associated with autoclave sterilization, were the infection control protocols in which residual microbial contamination was less present. Conclusion: The possibility of microbial residual contamination of previously sterilized dental instruments is a reality, being considered an important route of cross-infection in Dentistry.Introdução: A infecção cruzada através de instrumentais odontológicos reutilizáveis tem início com a adesão de microrganismos em sua superfície favorecida pela presença de lúmens estreitos, superfícies rugosas e múltiplas articulações capazes de dificultar a remoção de sujidades podendo interferir na eficácia do processo de esterilização. Objetivo: Realizar uma revisão integrativa da literatura sobre possíveis contaminações residuais microbianas em instrumentais odontológicos após serem submetidos à diferentes protocolos de controle de infecção envolvendo obrigatoriamente a esterilização. Materiais e métodos: Realizou-se uma pesquisa nas bases de dados Pubmed, utilizando a estratégia de busca [dental instruments OR dental practice] AND [sterilization OR disinfection] AND [bacteria OR colony count, microbial], totalizando 486 artigos. Foram incluídos artigos completos, redigidos em português, inglês ou espanhol, publicados até outubro de 2021, envolvendo análise de contaminação microbiana residual de instrumentais odontológicos após diferentes protocolos de controle de infecção que incluíam a esterilização. Resultados: Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 38 artigos foram selecionados para compor a revisão integrativa. Foram identificados diferentes protocolos de controle de infecção para limas endodônticas, brocas cirúrgicas, peça de mão e outros instrumentais utilizados na prática odontológica. A limpeza mecânica por escovação manual, desinfecção em cuba ultrassônica ou desinfecção térmica, desde que associados à esterilização em autoclave foram os protocolos de controle de infecção em que contaminação residual microbiana foi menos presente. Conclusão: A possibilidade de contaminação residual microbiana de instrumentais odontológicos previamente esterilizados é uma realidade, sendo considerada uma importante via de infecção cruzada na Odontologia