Pedagogia dos ipês: narrativas de uma formação docente solidária

A presente pesquisa tem como objetivo tecer uma cartografia de práticas que se organiza a partir das crianças, em uma contraposição aos modelos escolares que sugerem que a criança se adapte aos processos educativos no âmbito da Educação Infantil. Tais práticas se constituíram enquanto fundamentais na trajetória formativa da autora desta monografia. Para tal, o texto se inicia com uma narrativa autobiográfica como fonte condutora para o tema da pesquisa e dos caminhos metodológicos nela trilhados. A partir daí, é estabelecido um diálogo acerca dos registros de campo da pesquisa, ressaltando a importância das pesquisas com os cotidianos e da pesquisa narrativa enquanto caminhos possíveis para investigação. São elencados alguns debates que se inscrevem na proposição dos conceitos de infâncias, alfabetização, letramentos e práticas educativas na educação infantil, a partir de leituras de referencial bibliográfico e, em seguida, apresentadas as narrativas atravésde diferentes fontes: registros do diário de campo, produções das crianças, imagens,dentre outras. Finalmente, foram produzidas reflexões a partir das fontes tecendo um diálogo com as práticas educativas possíveis na Educação Infantil no contexto experienciado, no sentido de abarcar tanto a aprendizagem, quanto a disponibilidade de conteúdos, quanto o respeito às características próprias das infâncias. Se faz importante destacar que o caminho metodológico desta pesquisa se fez através da cartografia social, da pesquisa com os cotidianos e da pesquisa narrativa. Como conclusões, é apresentada a mudança vivenciada na experiência formativa de maneira conjunta: universidade, narrativa autobiográfica e vivências com os Ipês enquanto constitutivos e inter-relacionados nesta trajetória. É afirmado, assim, que as crianças são parte do processo formativo docente. Neste sentido, é apresentada a Pedagogia dos Ipês