Cinomose associada à erliquiose canina – relato de caso

Coinfecção é o termo dado a infecção simultânea, em um organismo hospedeiro, por dois ou mais patógenos. O presente trabalho objetiva abordar o processo infeccioso de um cão acometido com o Vírus da Cinomose Canina concomitante com a Ehrlichia sp . Foi atendido um cão, SRD, um ano de idade, domiciliado com acesso à rua, com quadro clínico de sinais graves do sistema respiratório (dispnéia, epistaxe, estertor pulmonar) brando no dérmico (petéquias e pústulas), oftálmico (secreção serosa) e gastrointestinal (êmese e diarréia). Ao exame hematológico evidenciou hematócrito de 6% constatando a gravidade do caso. A confirmação do diagnóstico da cinomose canina ocorreu através do teste rápido imunocromatográfico e o da erliquiose, pela visualização da mórula no raspado sanguíneo, contatando-se a coinfecção. A terapêutica instituída (antibióticos de amplo espectro, fluidoterapia, suplementação vitamínica, transfusão sanguínea) foi satisfatória para debelar as infecções e proporcionar a cura do animal. Ao tutor, foi orientado, realizar protocolo vacinal anual, fazer o controle de ectoparasitas e manejo alimentar. Apesar da coinfecção, pelos agentes deste relato, em cães ser facilmente detectada, a resposta terapêutica geralmente não é satisfatória, o que demonstra a importância do exame clínico, diagnóstico e terapia adequada e com precocidade, para a recuperação do pacient