Avaliação da qualidade espermática de Ovinos Santa Inês submetidos à criopreservação utilizando diferentes meios e métodos

O Semiárido Brasileiro é caracterizado por altas taxas de insolação, altas temperaturas, baixa precipitação pluviométrica e baixa umidade onde o sistema de criação ovino é predominantemente semiextensivo. Na região Nordeste, em especial no Alto Sertão Paraibano, a produtividade desses animais ainda é relativamente baixa quando comparada a todo potencial disponível na região, demostrando a necessidade de técnicas capazes de aperfeiçoar o melhoramento genético. Diante disto, a criopreservação do sêmen se mostra como uma biotécnica alternativa para potencializar o desempenho reprodutivo de rebanhos ovinos no Semiárido. O trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade espermática de ovinos Santa Inês utilizando diferentes meios e métodos de congelamento. Para o Experimento foram utilizados três ovinos machos da raça Santa Inês, pré-selecionados por exame clinico e andrológico para garantir que todos estivessem saudáveis e se apresentassem púberes e na mesma faixa etária. Os animais foram mantidos em sistema de criação semi-intensivo, submetidos à pastejo em capim nativo, suplementados com concentrado composto de farelo de milho, pré-mix mineral além de água a vontade durante todo período experimental. Os animais foram submetidos a período de adaptação por 15 dias, e tiveram sanidade comprovada. As coletas de sêmen foram realizadas com a utilização de vagina artificial (modelo Walmur) com um total de 5 repetições realizadas duas vezes por semana durante os meses de Novembro e Dezembro de 2018. As amostras de sêmen, logo após a coleta foram avaliadas macro e microscopicamente observando as características de volume, aspecto, turbilhonamento, motilidade progressiva e vigor. Após avaliado, uma parte do sêmen foi diluído no meio Tris-gema produzido no laboratório, e outra parte diluída em meio comercial. Após a diluição, as amostras foram envasadas em palhetas de 0,25ml. A criopreservação foi dividida em dois grupos: método manual e método automatizado (TK 3000®). Após o descongelamento do sêmen, a 37ºC por 30 segundos, as amostras foram novamente avaliadas quanto aos parâmetros observados antes do congelamento, comparando os meios e métodos utilizados. Pode-se concluir que não houveram diferenças significativas entre os diferentes meios e métodos de congelamento de sêmen de ovinos da raça Santa Inês, apresentando valores semelhantes entre si no pós-descongelamento