Evaluation of essential oils and major compounds from Lippia alba and Lippia gracilis about adult worms of Schistosoma mansoni

Schistosomiasis is a waterborne disease caused by trematodes of the genus Schistosoma. Of the most common species that parasitize humans, the most relevant are Schistosoma mansoni, Schistosoma japonicum and Schistosoma haematobium. Of these, S. mansoni is the trematode that causes schistosomiasis mansoni, being the only species found in Brazil. Chemotherapy is currently the most widely used method to combat schistosomiasis, with praziquantel (PZQ) being the drug recommended by the World Health Organization (WHO). Because it is a largescale medication in control programs and because it does not prevent reinfections, there is a concern about the emergence of resistant parasites. Some studies have already demonstrated the efficacy of some species of plants of the genus Lippia against various pathogenic parasites. In this sense, this work aims to evaluate the effect in vitro of essential oils (EOs) of L. alba and L. gracilis and their main components in adult worms of S. mansoni. The extraction of EOs from L. alba and L. gracilis was performed by means of hydrodistillation in a clevenger apparatus and their chemical composition determined by gas chromatography coupled to a mass spectrometer. Couples of adult worms were recovered from mice BALB/c previously infected with the LE strain of S. mansoni. The worms were distributed in 24-well culture plates containing supplemented RPMI-1640 and incubated (37ºC and 5% CO2) in concentrations of 100, 50, 25 and 5 µg/mL of essential oils and major compounds of L. alba and L. gracilis. The worms were monitored for 48 hours at intervals of 2, 4, 8, 24 and 48 hours to assess motility, mortality and oviposition under an inverted microscope. The cytotoxicity of OE and major compounds was evaluated by the MTT assay using mouse fibroblasts. The chemical characterization revealed that the EO of L. alba presents citral (49.97%) and limonene (18.53%) as major compounds, while carvacrol (32.29%), γ-terpinene (20.59%) and ρ-cymene (18.88%) were more abundant in the EO of L. gracilis. Among the tested EOs, L. gracilis was more active, causing a 100% reduction in the viability of worms exposed to concentrations of 100 and 50 µg/mL for 8h. Worms cultured for 24h in the presence of L. alba EO showed a reduction of approximately 60% in their viability at a concentration of 100 µg/mL. Regarding the major compounds, a 100% reduction in worm viability was observed with carvacrol at a concentration of 100µg / mL after 2h; on the other hand, citral reduced the viability of adult worms exposed to concentrations of 50 and 100 µg/mL by more than 75% after 24h. All EOs and their majorities reduced the oviposition of adult worms by more than 90%, even when exposed to a concentration (5 µg/mL) unable to reduce their motility or cause the worms to die. Both EOs proved to be non-toxic at the concentration of 50 µg/mL. The results stimulate future investigations of these plants as a potential source of bioactive compounds against S. mansoni.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESA esquistossomose é uma doença de veiculação hídrica causada por trematódeos do gênero Schistosoma. Das espécies mais comuns que parasitam o homem, as de maior relevância são Schistosoma mansoni, Schistosoma japonicum e Schistosoma haematobium. Destas, o S. mansoni é o trematódeo causador da esquistossomose mansônica, sendo a única espécie encontrada no Brasil. A quimioterapia é o método mais utilizado atualmente para o combate à esquistossomose, sendo o praziquantel (PZQ) o fármaco recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Por ser um medicamento utilizado em larga escala nos programas de controle e por não prevenir reinfecções, há uma preocupação com o aparecimento de parasitos resistentes. Alguns trabalhos já demonstraram a eficácia de algumas espécies de plantas do gênero Lippia frente a diversos parasitos patogênicos. Neste sentido, esse trabalho tem como objetivo avaliar o efeito in vitro dos óleos essenciais (OEs) de L. alba e L. gracilis e seus componentes majoritários sobre vermes adultos de S. mansoni. A extração dos OEs de L. alba e L. gracilis foi realizado por meio da hidrodestilação em aparelho de clevenger e a sua composição química determinada por cromatografia gasosa acoplada a espectrômetro de massas. Casais de vermes adultos foram recuperados de camundongos BALB/c previamente infectados com a cepa LE de S. mansoni. Os vermes foram distribuídos em placas de cultura de 24 poços contendo RPMI-1640 suplementado e então incubados (37ºC e 5% de CO2) nas concentrações de 100, 50, 25 e 5 µg/mL dos óleos essenciais e compostos majoritários de L. alba e L. gracilis. Os vermes foram monitorados durante 48h em intervalos de 2, 4, 8, 24 e 48h para avaliação da motilidade, mortalidade e oviposição utilizando microscópio invertido. A citotoxicidade dos OEs e compostos majoritários foi avaliada pelo ensaio de MTT utilizando fibroblastos de camundongos. A caracterização química revelou que o OE de L. alba apresenta o citral (49,97%) e limoneno (18,53%) como compostos majoritários, enquanto que o carvacrol (32,29%), γ-terpineno (20,59%) e ρ-cimeno (18,88%) foram mais abundantes no OE de L. gracilis. Entre os OEs testados, L. gracilis foi mais ativo, causando uma redução de 100% na viabilidade dos vermes expostos a concentrações de 100 e 50 µg/mL por 8h. Vermes cultivados durante 24h na presença do OE de L. alba apresentaram uma redução de aproximadamente 60% em sua viabilidade na concentração de 100 µg/mL. Com relação aos compostos majoritários, uma redução de 100% na viabilidade dos vermes foi observada com o carvacrol na concentração de 100 µg/mL após 2h; em contrapartida, o citral reduziu a viabilidade dos vermes adultos expostos a concentrações de 50 e 100 µg/mL em mais de 75% após 24h. Todos os OEs e seus majoritários reduziram em mais de 90% a oviposição dos vermes adultos, mesmo quando expostos a uma concentração (5 µg/mL) incapaz de reduzir a sua motilidade ou causar a morte dos vermes. Ambos os OEs se mostraram não tóxicos na concentração de 50 µg/mL. Os resultados estimulam futuras investigações destas plantas como uma fonte potencial de compostos bioativos contra S. mansoni.São Cristóvã