Análise da eficiência de absorção de CO2 pela vegetação após um incêndio na Estação Ecológica do Panga por meio de índices de vegetação obtidos por sensoriamento remoto

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)O presente trabalho, tem como intuito analisar a eficiência de absorção de dióxido de carbono (CO2) pela vegetação por meio de dados de sensores remotos, em um evento ocorrido em setembro de 2017 na Estação Ecológica do Panga, localizada na cidade de Uberlândia, onde mais de duzentos hectares de reserva foram queimados. O estudo avaliou o desprendimento de CO2 da vegetação, a partir da modelagem espectral das bandas do satélite SENTINEL-2. Para isso, foi analisada a relação dos índices espectrais: índice diferenciado de queimada por razão normalizada (dNBR) e a eficiência do processo de sequestro de carbono (CO2flux), modelados espectralmente pelos dados do satélite. Enquanto o dNBR é um índice utilizado para avaliar a extensão e a severidade da queimada antes e após o evento de queimada, o CO2flux é um índice que quantifica a eficiência do processo de acúmulo de CO2 pelas plantas. Por meio do processamento dos dados pôde-se inferir que a eficiência de sequestro de carbono pelas plantas após o incêndio é muito menor devido, à liberação de CO2 retido nas plantas para a atmosfera (CO2flux = 0,034 µmol.m-².s-¹). Também foi possível observar uma elevada relação de dependência inversamente proporcional entre os índices de vegetação dNBR e CO2flux, por meio de análise de correlação (R2= 0,56). Os resultados mostram baixos valores de sequestro de CO2 (0,018 µmol.m-².s-¹) pela vegetação quando as queimadas são de grande severidade (elevado dNBR) na Estação Ecológica do Panga. Em média, foi observada uma redução de 46% na eficiência de absorção de CO2 pelas plantas após o incêndio