Análise da hidrofobicidade celular e caracterização do biossurfactante produzido pela levedura Rhodotorula mucilaginosa e análise dos parâmetros cinéticos de crescimento e produção

Biosurfactants are amphipathic molecules obtained through the secondary metabolism of certain microorganisms, and compared to chemical surfactants currently used, they have low toxicity, high stability in extreme environments (pH, temperature and salinity) and are biodegradable. The major problem for the use of biosurfactants is their high production cost, which ends up making it difficult to apply them in different areas of the industry. In this present work, agro-industrial residues of pineapple (Ananas comusus), such as leaves and bark, were used as a carbon source in order to reduce the production cost of this biomolecule. The yeast used for the production of the biosurfactant was the yeast Rhodotorula mucilaginosa CRM 747, which was isolated from the Antarctic environment and presented favorable growth and production conditions in this work. The results of analysis of cellular growth, production and hydrophobicity showed that the maximum peak for the production of bissurfactants by the yeast Rhodotorula mucilaginosa is found in the period of 16 hours of fermentation with supplementation with pineapple residue after 10 hours of the beginning of the experiment, in which productivity increased from 21.2 gL-1 to 36 gL-1. Regarding cellular hydrophobicity, the yeast showed rates above 70% only in soybean oil.Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)Os biossurfactantes são moléculas anfipáticas obtidas através do metabolismo secundário de certos microrganismos, e em comparação com os surfactantes químicos utilizados atualmente, possuem baixa toxicidade,alta estabilidade em meios extremos (pH, tempertatura e salinidade) e são biodegradáveis. O grande problema para a utilização dos biossurfactantes são seu alto custo de produção, que acaba derando dificuldade na aplicação desta nas diversas áreas da indústria. Neste presente trabalho, utilizou-se resíduos agroindustriais de abacaxi (Ananas comusus), como folhas e casca, como fonte de carbono com o objetivo de diminuir o custo de produção dessa biomolécula. A levedura utilizada para a produção do biossurfactante foi a levedura Rhodotorula mucilaginosa de CRM 747, que foi isoladada do ambiente antártico e que apresentou condições de crescimento e produção favoráveis neste trabalho. Os resultados de análise de crescimento, produção e hidrofobicidade cellular mostraram que o pico máximo para a produção de bissurfactantes pela levedura Rhodotorula mucilaginosa se encontra no período de 16 horas de fermentação com suplementação com resíduo de abacaxi após 10 horas do início do experimento, em que a produtividade aumentou de 21,2 g.L-1 para 36 g.L-1. Em relação a hidrofobicidade celular, a levedura apresentou indices acima do 70% apenas em óleo de soja