Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na promoção da inclusão social: Como abraçar sem tocar

Num período excecional da nossa contemporaneidade, vivem-se desafios perante os quais não se pode ficar indiferente; assim, é em pleno período pandémico que o projeto «Como abraçar sem tocar» se concebe e tem o seu desenvolvimento. Partindo de diferentes ofertas formativas da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Politécnico de Leiria, que têm como tónica comum a animação sociocultural no seu curriculum, procurou-se envolver os estudantes em metodologias ativas de ensino-aprendizagem, visando a aplicação dos saberes adquiridos em diversos contextos reais e a construção de novos saberes técnicos e profissionais, que constituíssem também uma mais-valia para as entidades parceiras. Partindo desta intencionalidade, foi criado, implementado e avaliado um conjunto muito diversificado de projetos adaptados a diferentes contextos de intervenção, seguindo a metodologia dos ciclos de planificação-ação, observação e reflexão. Neste artigo pretende-se apresentar os resultados de um estudo qualitativo em que se procura conhecer as representações dos estudantes relativamente à metodologia de ensino-aprendizagem e perceber o impacto que esta teve nos processos de humanização e (re)construção das relações nas instituições da comunidade de pertença da ESECS. Através da metodologia investigação-ação e utilizando a técnica de análise de conteúdo nos relatórios individuais dos estudantes e nas entrevistas aos profissionais, foi possível perceber que estas metodologias de ensino-aprendizagem são fundamentais na aquisição de competências pessoais e profissionais dos estudantes e que as estratégias de animação sociocultural assumem um papel potenciador de ambientes de humanização e de fomento de relações.