Arte como composição para um ensino possível

O presente trabalho trata da relação entre arte, educação e política, sob uma perspectiva filosófica, na qual estão relacionados corpos e seus afetos, junto ao espaço escolar. Pretende tencionar essa relação para pensar (ou imaginar) uma escola possível, onde se evidencie uma ética afetiva, baseada nos bons encontros, ao modo de Spinoza. Tem como motor a intuição de que a arte e a educação são capazes de produzirem novos afetos e estes, novos modos de vida, para além do já estabelecido. Elabora-se a partir da leitura dos referenciais teóricos para se compor em um conjunto de textos fragmentados de cunho ensaístico, tendo por procedimento a poética da collage, como nos é apresentada por Fernando Fuão. Encontra em Nietzsche o tensionamento em torno das verdades. Vai à origem da Escola com Masschelein e Simons para entender o que ela já foi. Busca em Juliana Merçon uma ética educativa baseada na alegria e dos encontros spinozanos. Pensa com Rancière uma política da arte na escola. Chega, ainda que provisoriamente, ao entendimento que a Escola, com sua política, definem os objetos e os sujeitos que dela participam, e estes determinam os afetos que podem circular, assim instaurando um modo de vida