Diretrizes para educação permanente em saúde mental na atenção primária

Introdução: A Atenção Primária à Saúde (APS tem o cuidado em saúde mental como um gran de desafio na atual idade e suas equipes, da forma como estão estrutur adas não têm se mostrado suficientemente preparadas para enfrentá lo O s espaços de educ ação permanente voltados para a saúde mental ainda são incipientes, e, a ssim grande parte dos pr ofi ssionais se sent e insegura e despreparada para li dar com o sofrimento psíquico dos usuários. Objetivo: P ropor diretrizes para a Educação Permanente em Saúde Mental na APS Metodologia: E studo exploratório de abordagem qualitat iva, traz endo a percepçã o d e diferente s ato r es envolvido s no cuidado em saúde mental, incluindo profissionais de saúde, gestores, agentes do controle social e representantes do meio acadêmico. A coleta de dados se deu por meio de diálogo s problem atiza do res desencadeados a parti r d e duas perg untas disparadoras: Quais os nós da atenção à saúde mental na APS Como a educação permanente pode ajudar a desatá los Os momentos de encontro tiveram como base teórica as categoria s freireanas do diálogo e da proble matização. Os diálogos o cor reram em en contr o s virtuais individua is , por vídeo chamada , cumprindo com as recomendações para enfrentamento da pandemia por C OVID 19 Tod os os participantes assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido em formato el etrônico. Os diálogos for am gravados em áudi o para servirem de referência para as anotações da pesquisadora , e foram analisado s com base no seu conteúdo, à luz das questões norteadoras . Resultado s F oram realizados d iálogos com 30 pessoas, evidencia ndo ci nco grandes categorias te mát icas : assis tênci a , gestão, saúde do trabalhador, trabalho em rede e pandemia COVID 19. Dentro de cada uma surgiram subcategorias : capacitação, estigma e preconcei to modelo de cuidado, processos de trabalho, m odelo de gestão , i nfraestrutura e recursos hum anos, comun icaçã o e informação, saúde mental do trabalhador, comunicação e integração da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e intersetorialidade Com base nos nós identificados foram elaboradas , em um segun do momento as dire trizes par a educação perm ane nte , config urand o uma construção participativa para qualificar o cuidado em saúde mental . Considerações finais: Os participant es identificam que a edu cação permanente em saúde é uma grande chave para qualificar os atendimentos e o acompanhamento em saúd e m ental. Apon tam t a mbém a importância d e que os temas que forem abordados em capacitações ou seminários sejam praticados no cotidiano do trabalho. Tanto para a pesquisadora como para os participantes, os diálogos trouxeram muitos aprendizados , sendo a pr ópr ia coleta u m pro c esso de educação permanente . Foi uma experiênci a freir e ana de aprendizado , onde a própria pesquisa gerou reflexões fruto da interação e d o diálogo , transformando o conhecimento das pessoas envolvidas . Produto: F o r am elabora d as diretriz es para educaç ão pe r manente em saúde mental na AP S , que poderão ser usadas como guia para qualificar o cuidado em sa úde mental.Introduction: Primary Health Care (PHC) has mental health care as a major challenge nowadays, and its teams, as they are structured, have not been sufficiently prepared to face it. Permanent education spaces focused on mental health are still incipient, and, thus, most professionals feel insecure and unprepared to deal with the users' psychological suffering. Objective: to propose guidelines for Continuing Education in Mental Health in PHC. Methodology: Exploratory study with a qualitative approach, bringing the perception from different actors involved in mental health care, including health professionals, managers, social control agents and representatives of the academic environment. Data collection took place through problematizing dialogues set off by two triggering questions: What are the knots of mental health care in PHC? How can continuing education help to untie them? The meeting moments had as theoretical basis the Freirean categories of dialogue and problematization. The dialogues took place in individual virtual meetings, by video call, complying with the recommendations for confronting the COVID-19 pandemic. All participants signed an informed consent form in electronic format. The dialogues were recorded in audio, to serve as a reference for the researcher's notes, and were analyzed based on their content, in the light of the guiding questions. Results: Dialogues were held with 30 people, highlighting five major thematic categories: care, management, worker's health, networking and the COVID-19 pandemic. Within each one, subcategories emerged: training, stigma and prejudice, care model, work processes, management model, infrastructure and human resources, communication and information, worker's mental health, communication and integration of the Psychosocial Care Network (RAPS) and intersectionality. Based on the identified knots, guidelines for continuing education were developed, setting up a participatory construction to qualify mental health care. Final considerations: Participants identify that continuing education in health is a great key to qualifying care and monitoring in mental health. They also point out the importance that the themes that are covered in training courses or seminars are practiced in the daily work. Both for the researcher and for the participants, the dialogues brought a lot of learning, and the collection itself is a process of permanent education. It was a Freirean learning experience, where the research itself generated reflections resulting from interaction and dialogue, transforming the knowledge of the people involved. Product: Guidelines for continuing education in mental health in PHC were developed, which can be used as a guide to qualify mental health care