O LAZER NOS PLANOS DE GOVERNO DOS CANDIDATOS À PREFEITURA DE JUIZ DE FORA NAS ELEIÇÕES 2012

Embora o lazer seja reconhecido como um direito social, também é um termo utilizado de muitas maneiras diferentes, não havendo consenso do seu significado. Diante deste quadro, apesar de ser possível constatar alguns avanços na institucionalização das polí- ticas públicas brasileiras voltadas para esta área, tais avanços ainda guardam certa distância das condições reais de conquista deste direito. Este trabalho busca entender em que medida essa obscuridade em torno do termo afeta as ações políticas na área, investigando a forma como o lazer foi concebido nos planos de governo de candidatos à prefeitura de Juiz de Fora (MG) nas eleições municipais de 2012 e apresentando os possíveis impactos da maneira como o tema foi abordado para o público-alvo das ações. Através de pesquisa bibliográfica, foi feita uma breve revisão de algumas formas de conceituar o lazer que mais têm servido de orientação política no Brasil e um levantamento de alguns elementos-chave para analisar políticas públicas de lazer de âmbito municipal. Os planos de governo foram analisados através desses elementos. Esta análise permitiu identificar nos planos uma valoração do lazer, mas que está em descompasso com as ações propostas. Demonstrou também que, quando os governantes possuem uma visão simplista do lazer, a população se torna alvo de ações limitadas que não ampliam o alcance deste direito. Públicos diferentes passam a ser contemplados com apenas um conteúdo e os espaços preparados para a vivência são direcionados a apenas um tipo de lazer