Um nome pode revelar um papel no mundo, ele faz parte dos atos performáticos do cotidiano, podendo compreender uma infinidade de interpretações e representações. A discussão polissêmica do objeto “nome” em interface com as teorias pós estruturalistas de gênero é problematizada a partir da ótica queer e do movimento dadaísta do século XX. Propõe-se uma breve reflexão crítica sobre o artista dadaísta Marcel Duchamp que, numa de suas obras, utiliza a linguagem da travestilidade como forma de expressão artística, cultural, social e política, dando vida a Rrose Sélavy - seu segundo eu feminino. A manifestação artística configura-se como um potente instrumento de leitura da diferença e da alteridade na produção de subjetividades dissidentes