Educação Inclusiva: Dificuldades entre discurso e prática no cotidiano das escolas

O artigo apresenta os principais resultados de uma pesquisa sobre Educação Inclusiva realizada em vinte e seis (26) escolas da rede de ensino público do Estado do Rio Grande do Sul, o que corresponde a 10% do total de escolas estaduais da cidade de Porto Alegre. Tratou-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, usando metodologia quantitativa e análises interpretativas acerca dos indicadores: a) formação inicial do corpo docente; b) formação continuada e investimento em ações formativas; c) índices do IDEB; d) número total de alunos que apresentam alguma necessidade educacional especial; e) tipos de necessidades educacionais especiais; f) situação arquitetônica do prédio; g) condições de acessibilidade, h) disponibilidade e uso de Tecnologias Assistivas. Os resultados indicam que a situação da Educação Inclusiva no Estado carece de investimentos e debates, além de aprofundamento conceitual e prático que subsidie a prática docente e a inclusão de fato dos alunos com necessidades educacionais especiais matriculados no ensino regular. As condições arquitetônicas, de acessibilidade e o investimento em tecnologias assistivas mostrou-se escasso na maioria das escolas. Pode-se verificar que a legislação não está sendo cumprida em muitos dos ambientes escolares pesquisados. A legitimação da inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais não tem a devida correspondência em relação à qualificação docente e à participação ativa da comunidade escolar. Pretendemos com este artigo, dar visibilidade a estes resultados a fim de discutir e problematizar questões polêmicas e atuais em Educação Inclusiva